Miguel Alvarenga - Estava em Samora, na seca de quatro horas de uma tourada desmontável (irra, que já não ia há anos a uma praça portátil e prometo não voltar tão cedo...), quando me telefonou o Hugo Teixeira: morreu o Xico Martins!
Tinham-me dito há pouco tempo que estava doente, não imaginava que fosse coisa tão rápida e que nos deixasse tão cedo.
Conheci já tarde o Francisco Martins, quanto entrou para os Marialvas com o Rodrigo Pereira e o Manuel da Câmara a substituir o Carlos Pegado. Ficámos amigo. Encontrámo-nos em várias praças de toiros, na de Vila Franca de Xira sobretudo. O Xico era um português de gema, um castiço à antiga e um vilafranquense dos mais puros.
Podia dizer tanta coisa, mas faltam-me as palavras. Foi um soco no estômago que levámos todos, os que eram seus amigos, os que o admiravam, os que riam com a sua graça e viviam o seu marialvismo educado, a sua forma distinta de estar na vida. Foi diferente.
Vou ter saudades. Descansa em paz, Xico Martins! Vais fazer falta ao pessoal.
Foto M. Alvarenga