sábado, 2 de novembro de 2013

Nem mil pessoas no Montijo: o suicídio dos forcados...


Nem mil pessoas assistiram esta tarde na Monumental do Montijo à anunciada festa de exaltação ao Forcado Amador. Primeira conclusão: os forcados fazem tanta falta à Festa com um cão na Igreja à hora da missa. Têm piada, agitam, criam emoção, mas a verdade é que, a atestar pelo espectáculo de hoje, afinal de contas, passamos bem sem eles. Segunda conclusão: se estivessem unidos, se fossem inteligentes e se soubessem estar, tinham acorrido em peso à praça do Montijo, tinham enchido a praça e tinham mostrado o que valem. Valem pouco, afinal. Os forcados é que levam gente às praças - ouvimos dizer há anos. Mentira. Viu-se hoje no Montijo que não levam ninguém. O triunfo, esta tarde, coube ao toureio a pé. À falta de bandarilheiros lusos (uma vergonha!), vieram matadores e novilheiros de Espanha. Até nisso foi uma vergonha para o toureio nacional. Triunfaram os matadores espanhóis Israel Lancho e Paco Ramos. Passaram à final os grupos de forcados de Arruda, do Ribatejo e de Arronches. Amanhã há mais. Oxalá com mais gente. Mas valerá a pena? Valerá a pena exaltar esta gente que não vale? Francamente. Haja pachorra para aturar esta Fiesta à portuguesa...
Moral da história: tinham toda a razão os que protestaram. Sem toureiros (cavaleiros ou matadores) não há tourada que valha. Só com pegadores ficou provado que não vale... Forcados metem gente nas praças? Vou ali e já venho... Hoje, mataram de vez essa falsa imagem. Por outras palavras: suicidaram-se. De vez.

Foto D.R.