"A boa saúde do Campo Pequeno transmite-se" - é o sugestivo título de um grande artigo de Marcos Sanchidrián dado hoje à estampa no site espanhol mundotoro.com e onde o jornalista analisa ao pormenor o ano taurino de 2017 em Portugal.
"Portugal ergue-se com um universo àparte dentro dos países taurinos. A principal diferença radica-se na ausência da morte no ruedo e no facto de que a base dos festejos durante a temporada seja o toureio a cavalo. Além disso, a base dos cartéis completam-na tanto lidadores como toiros portugueses, o que o converte em autosuficiente, ainda que haja incursões de toureiros estrangeiros que dão mais força a determinados cartéis. Cavaleiros, forcados e matadores convivem num espectáculo único", escreve o jornalista espanhol, acrescentando:
"O epicentro do toureio em Portugal, sem dúvida, é o Campo Pequeno. A majestosidade de um cenário incomparável focou a aficion desde a sua reinauguração em 2016. Lisboa marca a pauta do toureio no país vizinho. Por isso, neste ano de 2017 viveu-se na capital o renascer do toureio a pé".
O repórter destaca "os acontecimentos de 'El Juli' e Morante em anos anteriores ou o ídolo Padilla e este ano os aficionados queriam mais. Por isso a temporada abriu com um duelo entre 'el pirata' e Roca Rey, a que se seguiu a presença de António Ferrera, 'El Fandi', Juan del Álamo ou o acontecimento que supôs o duelo entrev Pablo Hermoso de Mendoza e José Manzanares".
O jornalista foca ainda a corrida em Santarém com Ventura, Morante de la Puebla e "El Juli", "um festejo que fez as delícias do público"; e também o "foco importante de toureio a pé" registado noa Açores, em Angra do Heroísmo; bem como a actividade dos matadores lusos Manuel Dias Gomes e António João Ferreira e também de Nuno Casquinha e Paco Velásquez e dos novilheiros Joaquim Ribeiro "Cuqui", João D'Alva, Luis Silva, Paula Santos, Diogo Peseiro, Rui Jardim, João Carranca e Sérgio Nunes.
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Foto D.R./mundotoro.com
