O repórter Fernando Clemente captando imagens na trincheira ontem à noite na corrida realizada na Moita, momentos antes do acidente |
Nesta foto vê-se perfeitamente Fernando Clemente procurando proteger a cabeça com a mão no momento em que o toiro saltou |
O forcado Martim Cosme apercebeu-se de imediato do estado em que estava o repórter e chamou, aflito, os Bombeiros para que o acudissem |
António Telles Bastos e Tiago Ribeiro, antigo cabo dos Forcados do Aposento da Moita, pedindo o auxílio dos Bombeiros. Fernando Clemente estava caído atrás deste burladero |
O momento em que Fernando Clemente foi levantado pelos Bombeiros, sendo bem visível o sangue e o golpe que sofreu na cabeça |
O Dr. António Peças cobriu de imediato a cabeça de Clemente com um pano, procurando suster a hemorragia. O fotógrafo sangrava abundantemente da cabeça e sofreu um golpe que obrigou a levar 35 agrafos |
Esta é a sequência do acidente sofrido ontem à noite na praça "Daniel do Nascimento", na Moita do Ribatejo, pelo repórter fotográfico Fernando Clemente, de 72 anos, director do site taurino "parar templar mandar" e coleborador de diversos outros orgãos, entre os quais o nosso.
Como anteriormente noticiámos, o acidente ocorreu ao quinto toiro da noite, um exemplar da ganadaria Casa Prudêncio com 525 quilos, que desde que entrou na arena manifestou intenções de saltar as tábuas, pouco ou nada ligando ao cavalo de Luis Rouxinol Júnior, o toureiro que o lidou.
Subitamente, saltou mesmo a trincheira e apanhou desprevenido Fernando Clemente, que se encontra mesmo ao lado de um burladero, mas não teve tempo de nele se refugiar. O fotógrafo terá sido atingido ou pelo focinho ou por um corno do toiro e caíu dentro do burladero, sangrando abundantemente da cabeça.
O bandarilheiro António Telles Bastos, bem como o forcado Martim Cosme e o antigo cabo do grupo de amadores do Aposento da Moita, Tiago Ribeiro, foram os primeiros a aperceber-se da situação e de imediato chamaram os Bombeiros Voluntários da Moita para que socorressem Clemente. Também o médico cirurgião Dr. António Peças, que ontem prestava serviço na corrida da Moita, acorreu ao local e procurou estabilizar a hemorragia, tapando a cabeça do repórter com um pano.
Fernando Clemente foi levado de maca para a enfermaria, onde esteve sempre consciente. Levou 35 agrafos na cabeça, ficou com o "escalpe aberto" e foi transportado ao Hospital do Barreiro, onde neste momento ainda se encontra a fazer exames, sendo provável que aí passe a noite em observação a fim de avaliar se sofreu alguma lesão.
Fotos M. Alvarenga