Rui Bento está, como na última semana disse ao "Correio da Manhã", "de braços abertos" e disposto a subarrendar a Álvaro Covões algumas datas para assegurar a realização de corridas de toiros ainda este ano no Campo Pequeno - mas ainda não há nenhum fumo branco sobre esta situação que está a preocupar todos os aficionados, nem qualquer notícia sobre o resultado da reunião que ontem terá tido com os novos donos da empresa.
Álvaro Covões, o maior empresário do mundo do espectáculo musical, é desde sexta-feira o novo dono da concessão (até 2095!) da primeira praça do país, mas embora todo o mundo se recuse a acreditar que a praça deixe de dar touradas e todos concordem também que Rui Bento é o homem certo no lugar certo para as organizar, a verdade é que a indefinição permanece envolta em enevoado mistério.
Pelo meio, fala-se na existência de outros grupos empresariais que já se terão candidatado junto de Covões para dar as corridas. E um dado é certo: os papéis inverteram-se e ninguém sabe o que vai acontecer. Antes, o Campo Pequeno era uma praça de toiros onde se alugavam datas a Covões para dar concertos musicais. Hoje é a praça de Covões, que alugará (ou não) datas para se darem corridas de toiros. Muito diferente, portanto.
E a verdade é que estamos em meados de Fevereiro sem que haja qualquer definição sobre a temporada tauromáquica na primeira praça do país, quando muitas outras já anunciaram os seus cartéis e os seus projectos para 2020. Situação inconcebível e impensável tempos atrás.
Aguarde-se por que surjam as respostas a todas as questão que continuam a ensombrar este caso...
Fotos Guilherme Alvarenga e Emílio de Jesus/Arquivo

