sexta-feira, 26 de junho de 2020

Monumental de Badajoz foi palco de 17 alternativas desde a sua inauguração

Inaugurada há 53 anos, a Monumental de Badajoz foi desde então
palco de 17 alternativas, entre as quais as de 7 toureiros lusos
Mário Coelho (na foto com Miguel Alvarenga) foi o primeiro
matador de toiros a receber a alternativa na Monumental de
Badajoz, no ano da sua inauguração (1967)


Desde a sua inauguração, há 53 anos, em 24 de Junho de 1967, a Monumental de Badajoz já foi palco das alternativas de 17 matadores de toiros, entre os quais sete portugueses. Mário Coelho foi o primeiro e o últino (ano passado) foi "Juanito"

Inaugurada a 24 de Junho de 1967 com as presenças do então presidente da República de Portugal, Almirante Américo Thomaz e do alcalde de Badajoz, Emílio García Martín, com uma corrida em que actuaram Paco Camino, "Paquirri" e Pedrín Benjumea com toiros de Martínez Elizondo, a Monumental de Badajoz foi nos 53 anos da sua existência palco das alternativas de 17 matadores de toiros, entre os quais sete portugueses.
O jornalista António Girol recordou esta semana no site "Badajoz Taurina" a lista dos matadores que se doutoraram na Monumental de Badajoz, tendo o primeiro sido o português Mário Coelho, no ano da inauguração da praça, a 25 de Junho (cartaz ao lado), apadrinhado por Júlio Aparício, que lhe cedeu o toiro "Granjero", da ganadaria de Sánchez Rico, com o testemunho de "El Pireo".
Um ano depois, a 23 de Junho de 1968, outro português se tornou matador de toiros em Badajoz: o saudoso José Falcão foi apadrinhado por Paco Camino, com o testemunho de "Paquirri", lidando e estoqueando o toiro "Norteño" da ganadaria portuguesa de Cunhal Patrício.
Seguiram-se as alternativas dos espanhóis Juan Calero (1970), Morenito de Cáceres (1971), Paco Lucena (1975), Luis Reina e Gallito de Zafra (ambos em 1980) e as quatro seguintes foram de toureiros portugueses.
A 22 de Junho de 1985 tomou a alternativa Manuel Moreno, apadrinhado por António Chenel "Antoñete", com o testemunho de "Espartaco", cortando uma orelha ao "Patrero", o toiro do doutoramento, da ganadaria de Los Guateles.
Três anos mais tarde, como ontem aqui recordámos (25 de Junho de 1988) tomou a alternativa Rui Bento com José Maria Manzanares por padrinho e Paco Ojeda como testemunho, antes toiros do Marquês de Albayda.
Em 1994, no Dia de São José (fora da Feira de San Juan), foi a vez de em Badajoz receber a alternativa José Luis Gonçalves, com o toiro "Artista" de Cebada Gago. Juan Mora foi o padrinho e o acto foi testemunhado por Juan Serrano "Finito de Córdoba".
A 26 de Junho desse mesmo ano de 1994, Pedrito de Portugal tomou também a alternativa em Badajoz apadrinhado por Paco Ojeda, com "Finito de Córdoba" por testemunha, lidando o toiro "Pellicero" de Mercedes Pérez Tabernero.
Seguiram-se as alternativas dos espanhóis Hugo de Patrocínio (1999) e em 2004, outro ano de duas alternativas, as de Miguel Ángel Perera (23 de Junho) e de Javier Solís (no dia seguinte, 24 de Junho).
Três anos mais tarde, a 26 de Junho de 2007, tomou a alternativa Israel Lancho e, sete anos depois, Tomás Campos (22 de Junho de 2014).
A última alternativa na Monumental de Badajoz, na passada temporada, foi também de um matador luso, João Silva "Juanito", apadrinhado por António Ferrera, com o testemunho de Cayetano Rivera Ordoñez, lidando o toiro "Lastimado" de Victoriano del Rio.
Também recebeu a sua alternativa em Badajoz, mas na antiga praça, a 24 de Junho de 1963, o português José Simões, apadrinhado por Paco Camino, com o testemunho de Santiago Martín "El Viti", frente a toiros da ganadaria lusa de Cunhal Patrício.

Fotos M. Alvarenga e D.R.