quinta-feira, 25 de junho de 2020

Ponham os olhos, senhores que nos (des)governam, na atitude dos Forcados!

Diogo Durão, presidente da ANGF, fotografado no Campo Pequeno
na recente concentração em defesa da Tauromaquia

Ainda há neste país gente responsável e consciente. Louve-se a decisão da ANGF de adiar todas as Marchas Taurinas que estavam convocadas para o próximo sábado, em nome da defesa da saúde pública

Miguel Alvarenga - Podem os poderosos deste país não ter ainda dado por isso, mas é importante que se destaque - e se enalteça - a atitude responsável e consciente assumida ontem pela Associação Nacional de Grupos de Forcados (ANGF), através do seu novo presidente Diogo Durão, cancelando todas as Marchas Taurinas que estavam convocadas para o próximo sábado em diversas cidades e vilas do país, em protesto contra a injustiça e a discriminação a que tem sido votada a Tauromaquia.
Como ontem aqui referimos, a ANGF teve em conta, para cancelar as manifestações, "a realidade e os números provocados pela pandemia Covid-19" que "têm piorado nos últimos dias", referindo que, entre as várias razões para o aumento de casos poderão estar "o desconfinamento completamente hipócrita, a permissividade benevolente e promíscua em relação às manifestações públicas que têm acontecido recentemente" e também "a falta de estratégia por parte das entidades responsáveis, entre outras".
E, dando um enorme e louvável exemplo de civismo e de consciência, ao contrário de muitos outros, a ANGF cancelou as Marchas Taurinas porque "somos todos pessoas responsáveis, sérias e conscenciosas em relação à importância que têm os nossos idosos, as nossas crianças, as nossas famílias e a nossa sociedade. Mesmo em relação aos que não gostam da Tauromaquia".
"Apesar de estarmos a ser injustiçados e discriminados, queremos em primeiro lugar proteger os nossos cocidadãos. Não queremos pôr em risco ninguém", justificou o presidente da ANGF, acrescentando que "não vamos ficar parados à espera que esta ditadura do 'Gosto' nos seja ilegalmente imposta".
"Assim, e não restando outra alternativa, reagiremos pelos meios judiciais tidos por adequados à protecção intransigente da nossa causa - Cultura", acrescentou.
E "face aos números procupantes da região de Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo, quando à situação do Covid-19, decidimos alterar a data das nossas marchas para outro dia o mais próximo possível, esperando nós que, nessa data, a situação possa estar mais controlada".
Um exemplo. Ponham os olhos, senhores que nos (des)governam, na atitude dos Forcados!

Fotos M. Alvarenga e D.R.