quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Nota máxima a Francisco Borges, ontem, na Rádio Campanário


Nota máxima, com louvor e distinção, para a brilhante entrevista concedida ontem pelo antigo forcado Francisco Borges a Hugo Calado no programa "Tauromaquia" da Rádio Campanário, de Vila Viçosa. Se não ouviu, ainda vai a tempo e acredite que vale a pena: clique aqui: www.radiocampanario.com.
O antigo e glorioso forcado dos Amadores de Montemor, que se estreou nas arenas em 1974 e tem hoje já um importante seguidor, seu filho Francisco (a seu lado na foto), indiscutivelmente um dos forcados triunfadores desta temporada, falou não apenas dos seus inícios nas arenas, mas sobretudo do significado que teve na sua vida o facto de ter pegado toiros e de o ter feito no Grupo de Montemor, "uma escola de vida, de forcados e de amigos".  Francisco Borges criticou a falta de emoção (falta de toiros...) que hoje em dia tanto prejudica a arte tauromáquica e também a proliferação de grupos de forcados, muitos deles "mal preparados" e que em nada enaltecem a arte de pegar toiros. Na fase final da entrevista, teceu mesmo elogios a Miguel Alvarenga, no meio de uma polémica sem nexo movida por forcados de terceiro plano, concordando com o que o director do "Farpas" aqui escreveu na noite de sábado, confirmando as palavras que lhe disse - e ele transcreveu - no domingo à porta da Monumental do Montijo. "O Miguel teve razão, devíamos todos ter ido e não fomos. Foi duro na rádio, quem não se sente não é filho de boa gente, mas a verdade é que sempre foi polémico e a verdade é que quem falhou, faltando ao Montijo, fomos nós, os forcados, e ele subiu as audiências, é um homem inteligente".
A entrevista de Francisco Borges é um portento de sabedoria, de bom senso, de sensatez e, acima de tudo - de verdade. Com a autoridade que a sua figura de grande forcado lhe confere, disse sem papas na língua o que lhe ia na alma. Aprende-se ao ouvi-lo. Não percam.

Foto D.R./@Francisco Borges