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| 25 de Junho de 1988, a tarde da sonhada alternativa na Monumental de Badajoz. Apadrinhado por Manzanares com o testemunho de Paco Ojeda. Rui Bento vestia um traje verde e ouro, a côr da esperança |
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| Rui Bento apresentou-se como novilheiro em Madrid em 1985 e voltou à arena de Las Ventas em 1991 para confirmar a sua alternativa |
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| Final dos anos 80, praça de toiros das Caldas da Rainha. Rui Bento com Miguel Alvarenga, que esta noite recordará a trajectória do matador |
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| Joaquim Tapada falará hoje sobre a história do toureio em Alenquer |
Rui Bento Vasques é esta noite homenageado pelos seus 30 anos de alternativa e pela sua trajectória no mundo da tauromaquia durante um jantar em Alenquer, no Restaurante "Grelha Mágica", por iniciativa do Grupo de Forcados Amadores de Alenquer.
Nascido em Preces, Carregado, muito cedo começou Rui Bento a frequentar as praças de toiros pela mão de seu irmão mais velho, Jorge, que viria a ser uma peça fundamental na concretização dos seus sonhos de se tornar matador de toiros, assim como o empresário local António José Viçoso, que o apoiou desde a primeira hora e mais tarde veio a ser seu sogro.
Colega de escola de António Ribeiro Telles, esse factor terá também contribuído de forma decisiva para acentuar ainda mais a sua paixão pela Festa. Mário Coelho deu-lhe os primeiros ensinamentos e em 1982, com 16 anos de idade, venceu "ex-aequo" com José Luis Gonçalves o Concurso "À Procura de Novos Toureiros" promovido pela empresa do Campo Pequeno (ao tempo liderada pelo Dr. Manuel Jorge Diez dos Santos) e por Maurício do Vale, através do programa taurino que apresentava na RTP.
Um ano depois fixou-se em Salamanca, a cidade espanhola que já acolhera Amadeu dos Anjos e José Falcão. Foi apoderado por Simón Carreño, que fora também apoderado dos dois referidos matadores nacionais. Em 1985 apresentou-se em Madrid, nos anos seguintes triunfou nas principais arenas de Espanha, como Salamanca, Las Ventas, Bilbao, Valência e Zaragoza e a 25 de Junho de 1988 tomou a alternativa na Monumental de Badajoz apadrinhado por José Maria Manzanares com o testemunho de Paco Ojeda.
Uma gravíssima cornada em Orthez, França, um mês depois da alternativa, atrasou a sua ascensão e obrigou-o a parar quase dois anos. Reapareceu, por força da sua vontade e do seu querer, confirmou a alternativa em Madrid em 1991 e toureou até se retirar em 2000 em Salamanca.
Afastado das arenas, continuou contudo ligado ao mundo dos toiros - e sempre ao mais alto nível. Foi homem de confiança de uma das mais importantes casas empresariais de Espanha, a Casa Chopera, representou e apoderou diversos toureiros e desde 2006 é o gestor taurino da praça de toiros do Campo Pequeno, cargo que tem desempenhado com valor e isenção, nem sempre agradando a gregos e a troianos, mas com a glória de ter conseguido elevar bem alto o carisma e o prestígio, a nível nacional e internacional, da primeira praça de toiros do país.
No jantar de homenagem que hoje se vai realizar em Alenquer, serão oradores os críticos tauromáquicos Joaquim Tapada, que falará da história da tauromaquia alenquerense; e Miguel Alvarenga, encarregue de abordar e recordar a trajectória profissional de Rui Bento.
Fotos D.R., Henrique de Carvalho Dias e Maria Mil-Homens
