terça-feira, 30 de outubro de 2018

Presidente da APET considera que a temporada "superou as expectativas"

A última corrida da temporada realizou-se este domingo em Évora e o ano
taurino "superou as expectativas", considera o presidente da APET, Paulo Pessoa
de Carvalho (em baixo) em declarações à agência Lusa

Em entrevista à agência Lusa, o presidente da Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos (APET), Paulo Pessoa de Carvalho, considerou que a temporada taurina deste ano "superou as expectativas", com um número de espectáculos idêntico ao de 2017

A época tauromáquica em Portugal, que abre anualmente no dia 1 de Fevereiro em Mourão, no Alentejo, encerrou este ano mais cedo, no domingo, em Évora, por não se realizar a habitual corrida de toiros do dia 1 de Novembro no Cartaxo (Santarém).
"A verdade é que acabámos 2018 com um número mais ou menos igual de corridas (cerca de 200) do que no ano passado e isso significa que entrámos numa estabilidade, apesar da atividade económica ainda estar com algum abrandamento", disse Paulo Pessoa de Carvalho, em declarações à agência Lusa.
Fonte da Associação Nacional de Toureiros (ANdT) adiantou à Lusa que ainda não estão contabilizados todos os dados referentes a este ano, mas frisou que o número de espectáculos deverá ter sido "idêntico" ao de 2017.
"Este ano, notou-se uma maior adesão de público e isso para nós é significativo. Em 2017, andámos na casa das 900 mil pessoas e este ano há indicadores de que se verificou um aumento de espetadores", indicou o responsável da Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos.
Observando que o sector taurino está a atingir uma "normalização", Paulo Pessoa de Carvalho reconheceu que, no passado, realizaram-se "espectáculos tauromáquicos a mais" em Portugal.
"Entendo que o número certo de espectáculos é aquele que encontra uma relação com público. No entanto, não há números certos, num ano faz sentido haver 250 espetáculos e noutro ano só 180", disse.
Paulo Pessoa de Carvalho considerou ainda como um dado "muito positivo" o facto de se terem lidado, este ano, "praticamente todos" os toiros com quatro anos existentes nas ganadarias portuguesas, situação que o leva a concluir que "não houve nem excesso nem défice" de festejos taurinos no país.
Desafiado a destacar o "momento alto da temporada" em termos artísticos, o presidente da APET apontou o último festejo realizado no Campo Pequeno, em Lisboa, pela "elevada" expectativa que o acontecimento gerou e pelo número de telespetadores que assistiram ao festejo pela televisão.
"Aconteceram também outras coisas extremamente positivas e há empresários que têm feito um trabalho muito importante", sublinhou.

Fotos M. Alvarenga e Emílio de Jesus