quarta-feira, 28 de novembro de 2018

2018 - um ano negro para a Tauromaquia

António Manuel Cardoso "Nené" e Francisco Penedo: dois históricos do
mundo da tauromaquia que nos deixaram de forma brutal e inesperada
O lendário forcado João Nunes Patinhas, cabo fundador dos Amadores de Évora
Manuel Cipriano "Badajoz", ainda e sempre, um dos nossos grandes bandarilheiros
Francisco Rocha, o cineasta que imortalizou nos últimos anos a nossa Festa
O ilustre ganadero Mário Vinhas, figura emblemática da nossa Festa
Amadeu dos Anjos, ainda hoje referenciado como o mais fino dos muleteros lusos
António Vitorino Marques, um dos poucos cavaleiros a quem o saudoso José
Mestre Batista concedeu a alternativa
António José Martins, nome grande dos toureiros de prata (bandarilheiros)
Américo Lopes, o popular chefe dos porteiros que todos conheciam por
Américo da Moita
Vitor Pereira "Mané", forcado histórico dos Amadores
de Vila Franca e, em baixo, João Rosado, outro célebre
forcado dos Amadores da Chamusca


2018 foi o mais negro dos últimos anos para o mundo tauromáquico. Morreram algumas das mais emblemáticas figuras da Festa Brava

O dia de abertura oficial da temporada de 2018, 1 de Fevereiro, com o tradicional Festival em Mourão, ficou tragicamente marcado pelas mortes do carismático forcado João Nunes Patinhas, fundador dos Amadores de Évora e seu primeiro cabo; e do histórico António Manuel Cardoso "Nené", antigo cabo dos Forcados Amadores de Alcochete e decano dos empresários tauromáquicos nacionais.
Logo no mês seguinte, Março, morriam também o ilustre ganadero Mário Vinhas; um dos maiores bandarilheiros de sempre, Manuel Cipriano "Badajoz"; o grande cineasta Francisco Rocha; o popular embolador Carlos Pinheiro e ainda Vitor Pereira "Mané", glorioso forcado dos Amadores de Vila Franca e pai do actual cabo do grupo, Vasco Pereira.
O mês de Maio voltaria a trazer o luto ao mundo tauromáquico com a morte do antigo matador de toiros Amadeu dos Anjos, ainda e sempre referenciado como o mais fino muletero português de todos os tempos,
António José Martins, eficiente bandarilheiro, antigo director de corrida e grande impulsionador de uma escola de toureio no Montijo, morria em Agosto, voltando a enlutar a família tauromáquica.
Em Setembro morreu o antigo cavaleiro António Vitorino Marques, um dos poucos a quem o saudoso José Mestre Batista concedeu a alternativa (na desaparecida Monumental de Cascais) e em Outubro partiu também João Rosado, célebre forcado dos Amadores da Chamusca.
Já neste mês de Novembro o luto voltou a marcar a Festa Brava com as mortes do antigo chefe dos porteiros do Campo Pequeno e de muitas outras praças, Américo Lopes, que era popularmente conhecido como Américo da Moita; e do apoderado Francisco Penedo, que partiu no domingo passado de forma brutal e inesperada, vítima de um ataque cardíaco fulminante.
O ano negro de 2018 ficou ainda marcado pelas mortes do jovem João Martins, de apenas 15 anos, que aspirava a ser toureiro e andava na Escola "José Falcão" de Vila Franca de Xira; e de Dª Rosalina Pinto e Dª Helena Maria Correia de Sá (Asseca), Mães, respectivamemte, dos cavaleiros Emídio Pinto e Vasco Taborda.

Fotos Emílio de Jesus, Henrique de Carvalho Dias, Maria Mil-Homens e D.R.