Marcos Bastinhas saíu ontem em ombros pela porta grande do Campo Pequeno depois de duas lides memoráveis e marcantes e de ter dado duas voltas à arena em cada uma delas. Não saíu em ombros "por favor", por se homenagear a memória de seu pai, por ter sido uma noite de tantas emoções em torno da recordação dessa figura inigualável que foi o Maestro Bastinhas. Saíu em ombros por seu inteiro mérito.
Com pouco mais de metade das bancadas preenchidas - e esse foi o único senão, Bastinhas merecia muito mais! - a corrida de ontem, quarta da temporada lisboeta, decorreu em ritmo de apoteose e dois dos toiros de Varela Crujo, o quinto e o sexto, foram "indultados" e regressaram ao campo. O ganadero deu volta à arena no quinto e o Campo Pequeno voltou a marcar por mais um êxito torista.
João Moura, a contas com o único toiro manso da noite na primeira lide, protagonizou empolgante actuação no quarto da ordem, como se tivesse outra vez vinte anos. Cayetano Rivera Ordoñez, que se apresentava num palco em que triunfaram tantas vezes seu avô António Ordoñez e seu pai Francisco Rivera "Paquirri", viveu também uma noite de triunfo e de arte, sobretudo no último toiro da corrida.
Pegaram os forcados Amadores de Portalegre e da Chamusca, tendo-se destacado Bernardo Borges, deste segundo grupo, com a pega da noite no quinto toiro.
Mais logo, não perca a detalhada análise de Miguel Alvarenga e todas as fotos de Maria João Mil-Homens.
Fotos Maria Mil-Homens
