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Filipe Vinhais em duas fotos da sua actuação no ano passado na Barquinha |

Oficial da Força Aérea e cavaleiro tauromáquico "por romantismo e paixão", como ele próprio reconhece, Filipe Vinhais cumpre exactamente hoje o 8º aniversário da sua alternativa, recebida a 19 de Junho de 2011 na praça do Cartaxo, com Manuel Jorge de Oliveira por padrinho e António Ribeiro Telles a testemunhar o acto, juntamente com os forcados Amadores de Lisboa e Amadores da Azambuja, frente a toiros do Engº Jorge de Carvalho.
O balanço que faz é positivo. E é de esperança:
"Comecei a tourear por influência do meu amigo João Serra Coelho, que toureava a cavalo e era ali de ao pé de mim, de Tomar, e toureei muito, inicialmente, em Lagos e em Albufeira. O balanço que faço destes oito anos de alternativa é positivo. Nunca deixei de tourear, embora poucas corridas por ano, mas vou toureando sete, oito, entre Portugal e Espanha, e assim vou mantendo viva a minha aficion e o meu gosto por isto. Sonhos tenho muitos, vamos ver se os cumpro ou não, mas tenho andado na Festa com dignidade e respeito por todos, ganhei muitos amigos, continuo a ser um romântico".
No próximo dia 29 vai abrir a sua temporada actuando em Riachos num cartel "muito bom", refere, ao lado de Rui Salvador, de Batista Duarte (que reaparece), de Brito Paes, de Miguel Moura e Soraia Costa e dos forcados de Riachos e Académicos de Coimbra, com toiros da ganadaria Santa Maria.
Apoderado por Nuno Matos, cabo dos Forcados de Riachos, tem mais algumas corridas projectadas para a temporada em arenas portuguesas e espanholas e recorda que "até hoje, em oito anos de alternativa, estive umas vezes melhor, outras menos bem, mas nunca se ouviu dizer que tenha dado uma grande bronca... (risos), tenho andado com dignidade e aficion e muito gosto pelo que faço. O sonho de menino, a alternativa, já o cumpri. Tenho consciência de que a viagem ainda é longa e que vou ter muito que percorrer, não sou um cavaleiro de dinastia, sou um dos românticos da Festa e procuro fazer as coisas bem feitas e não defraudar ninguém, sempre com o maior respeito pelo toiro, pelos colegas e pelo público".
E diz mais:
"Desde que comecei, já vi aparecer e desaparecer dezenas de cavaleiros, alguns até eram muito bons, mas acabaram por ficar pelo caminho por circunstâncias várias e a verdade é que eu ainda cá estou e todos os anos faço as minhas corridas e dou largas à minha aficion, divirto-me e procuro divertir o público".
Sobre a tarde da alternativa, há oito anos, no Cartaxo, recorda:
"Foi o concretizar de um sonho e foi uma alternativa à antiga, com dois toiros! O Manuel Jorge e o António Telles estiveram muito bem e eu estive à altura do acontecimento. Recordo esse dia sempre com imensa emoção".
Um sonho por realizar?
"Há vários. Vou continuar a trabalhar e a esforçar-me por conseguir concretizar os meus objectivos. Tenho os meus cavalos na Asseiceira, ao pé de Tomar, onde os monto várias vezes por semana, embora viva em Lisboa, por estar actualmente, como oficial da Força Aérea, a trabalhar no Hospital das Forças Armadas, em Telheiras. E o meu sonho maior é poder daqui a dois anos, quando cumpro os dez anos de alternativa, fazer a confirmação da mesma na praça do Campo Pequeno! Tenho dois anos para mostrar se tenho ou não tenho valor para pisar a arena sagrada da primeira praça do país".
Fotos Fernando Clemente e Pedro Batalha