segunda-feira, 30 de março de 2009

Eu não disse que isto ia dar barraca?...


O bandarilheiro João Lorena, antigo novilheiro, taurino de cuja afición ninguém terá dúvidas, não tem, nunca teve, perfil de vigarista - como outros. Mas esta aventura de Coruche, onde até quis repartir fundos com uma louvável associação ("Enconstatamim", que presta apoio a doentes vítimas de cancro), deixava antever a barracada que se confirmou. Lorena não é vigarista - reafirmamos. Mas quem não tem dinheiro, meus amigos, pode ter vícios? Não era a dose dupla de festivais areia a mais para a camioneta do modesto subalterno?
Inácio Ramos, surgido na festa há dez anos - efeméride que este ano se assinala - é um empresário respeitável. Dos mais respeitáveis - diga-se em abono da verdade. Sério, cumpridor e sobretudo, inovador. Chegou à Festa por bem e os seus actos só têm contribuído para o engrandecimento e o prestígio da Tauromaquia lusa.
Mas não se pode acreditar que Inácio Ramos tivesse embandeirado em arco e entrado nesta aventura de Lorena "às escuras", de olhos vendados, sem prever ou antever o desfecho que podia ocorrer - e que ocorreu...
O resultado está agora à vista: Inácio está a braços com uma delicada (íssima) situação, com a ameaça de veto à praça a pairar sobre si, sem que tivesse contribuído (credo, cruzes, canhoto!) mínimamente para isso...
Coclusão: há na Festa Lorenas que, por melhores intenções que possam ter, mais vale estarem quietos; e Inácios que, apesar de insuspeitos, já tinham obrigação de andar com os olhos mais abertos e saber do que certas casas gastam...

Farpas