segunda-feira, 24 de setembro de 2018

As 6 duras pegas de ontem na Monumental do Montijo

Os dois grupos do Montijo, os da Tertúlia Tauromáquica e os Amadores do
Montijo
(fotos de cima) não estiveram ontem à altura, só no que a ajudas diz
respeito, do enorme e duro desafio com os toiros de Paulino da Cunha e Silva.
Os forcados da cara de ambos os grupos são fantásticos. Os grupos a ajudar
são fatais...
Os grupos de forcados da Tertúlia Tauromáquica do Montijo e Amadores do
Montijo, com evidentes e gritantes deficiências no campo das ajudas, não
tiveram ontem tarefa fácil para pegar os toiros, duros, exigentes e sérios, da
ganadaria Paulino da Cunha e Silva (Herdeiros) na Corrida das Tertúlias na
Monumental do Montijo. Os Amadores de Tomar (foto) fizeram as duas pegas que
lhes competiam à primeira, ganharam o prémio em disputa e demonstraram
superioridade em relação dos grupos da terra. Para toiros deste calibre,
exigiam-se grupos mais experientes e mais rodados

1ª pega - Luis Carrilho (T. T. Montijo)
A primeira pega da tarde, ao toiro mais pesado da corrida, com 615 quilos, 
bruto na investida e a dar fortes derrotes, foi tentada por Luis Carrilho, que
brindou a Miguel Alvarenga e a Francisco Costa Montezo, glória da forcadagem
montijense e ex-cabo dos Forcados Lusitanos. O forcado do grupo da Tertúlia
Tauromáquica do Montijo foi violentamente derrotado e ficou inanimado na 
arena, sendo transportado de maca à enfermaria, de onde voltaria depois de
ter sido (mal) dobrado por seu irmão Rodrigo Carrilho para, ao terceiro intento,
consumar por fim a pega

2ª pega - João P. Damásio (Montijo)
João Paulo Damásio executou a segunda pega da tarde sem problemas de
maior ao primeiro intento. O toiro, que se apresentava algo diminuído, limitou-se
a ir pelo seu caminho, com nobreza e sem dar um derrote

3ª pega - Vasco Freitas (Tomar)
A primeira pega dos Amadores de Tomar, ao terceiro toiro da corrida, foi
executada - e bem - pelo forcado Vasco Freitas, ao primeiro intento, com o
grupo a ajudar com força, decisão e coesão

4ª pega - Márcio Chapa (T. T. Montijo)
A quarta pega foi executada com enorme brilhantismo, apesar de o ter sido
à terceira, pelo cabo dos Amadores da Tertúlia do Montijo, Márcio Chapa, um
forcadão de méritos firmados. Estivera muito bem nas duas primeiras tentativas,
mas nunca foi ajudado...

5ª pega - José P. Suissas (Montijo)
A quinta pega da tarde, a um duro toiro de Paulino da Cunha e Silva, foi
consumada à quinta tentativa pelo enorme forcado José Pedro Suissas, que é,
sem margem para dúvidas, um dos maiores forcados da actualidade. Esteve
bem na primeira tentativa e melhor nas restantes, fechando-se sempre com
braços de ferro, aguentando barbaridades de derrotes sem nunca virar a cara.
Os ajudas não estiveram nunca lá. Dois lesionaram-se, como já hoje aqui se
noticiou. José Pedro fez um pegão que fica na História

6ª pega - Hélder Parker (Tomar)
Hélder Parker, experiente e valoroso forcado dos Amadores de Tomar, foi o autor
da última pega da tarde (que entretanto era já noite), executada ao primeiro
intento com técnica perfeita e muita decisão. O toiro pouco derrotou e o grupo
ajudou bem já perto da tábuas. Não foi uma pega particularmente emotiva, mas
das seis pode ter sido a mais perfeita, pelo que foi premiada com o troféu que
estava em disputa para a melhor da tarde. O júri era composto pelas tertúlias
montijenses. Parker brindou a pega ao arquitecto Costa Rosa, grande aficionado
tomarense

Fotos Emílio de Jesus