Na noite da despedida, Padilla beijou a arena do Campo Pequeno. Em baixo, a aparatosa colhida que sofreu no seu primeiro toiro |
O Campo Pequeno registou ontem a maior enchente da temporada. Um público que fez questão de render a mais emotiva das homenagens à carreira, à história, ao exemplo de Juan José Padilla. Mesmo sem toiros (de Varela Crujo) à altura e mesmo sem ter bandarilhado, o heróico toureiro deu a volta aos seus dois oponentes e foi todo ele um exemplo de profissionalismo, de entrega e de honestidade. Não propriamente pelas faenas de ontem, mas em nome de uma história de valor e de coragem, saíu com todo o merecimento em glória e aos ombros pela porta grande. No seu primeiro toiro, sofreu uma arrepiante colhida, voltando depois a encastar-se.
Duarte Pinto reafirmou no quinto toiro da noite, o melhor de Vinhas, o grande momento que vive e confirmou em absoluto que não foi por acaso, se alguém tivesse dúvidas, que viveu a 9 de Agosto aquela lembrada noite de apoteose. Moura Caetano, sem o seu cavalo-craque, evidenciou na mesma a sua casta e a sua imensa arte em duas lides que, não sendo redondas e não repetindo o triunfo de Maio, foram de grande valor.
Em grande destaque o valoroso bandarilheiro João Ferreira, com dois imponentes pares de bandarilhas nos toiros de Padilla, sendo brindado pelo público com calorosa ovação.
Pegas rijas pelos Amadores de Santarém e Amadores de Montemor, as da primeira parte à primeira (António Taurino pelos escalabitanos e João da Câmara pelos montemorenses), mais complicadas as segundas (Ruben Gioveti à sétima e Francisco Bissaya Barreto à terceira).
Mais logo, não perca a detalhada análise de Miguel Alvarenga e todas as fotos de Emílio de Jesus e Maria João Mil-Homens.
Fotos Emílio de Jesus