Manter IVA das touradas a 13% é o mesmo que dizer que há portugueses de primeira e portugueses de segunda, diz Pessoa de Carvalho
Paulo Pessoa de Carvalho, presidente da APET – Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos e da PróToiro – Federação Portuguesa de Tauromaquia, denuncia que a Cultura taurina está a ser alvo de um ataque discriminatório quando se prevê manter a taxa de IVA na tourada em 13 por cento e se quer descer para 6 nos restantes espectáculos culturais.
“O que consta na proposta de Orçamento do Estado para 2019 é uma discriminação clara e evidente de pessoas, artistas de profissão, sob a tutela do Ministério da Cultura. Manter o IVA nos actuais 13 por cento nas touradas é dizer que existem artistas de primeira e artistas de segunda”, afirma Pessoa de Carvalho, para quem “esta medida não é razoável, nem democrata, mas sim um verdadeiro atentado à liberdade”.
Numa análise à questão política de o Governo ter recusado reduzir a taxa de IVA nas touradas, proposta do Bloco de Esquerda, Paulo Pessoa de Carvalho encara a decisão com “indignação e descrédito”. Para o presidente da PróToiro e da APET, “o Governo está a dividir os portugueses ao dizer que, dentro de tudo o que é considerado Cultura, há actividades mais relevantes do que outras”. Isso, conclui, "é inaceitável".
Foto Emílio de Jesus