sábado, 28 de março de 2020

Covid-19: pico adiado para final de Maio


A ministra da Saúde, Marta Temido, assumiu, este sábado, que a "incidência máxima" da pandemia de Covid-19 "estará adiada para o final de Maio". "Isto significa que as medidas de contenção adoptadas estão a ser efectivas", sublinhou

Em conferência de imprensa, Marta Temido disse ainda que se prevê que se venha "a ter um número muito elevado de casos de infceção" por novo coronavírus e deixou um aviso: "isto coloca uma grande pressão sobre o SNS e sobre todos nós".
"Todos temos de fazer o que está ao nosso alcance para enfrentar o melhor possível aquilo que nos espera", acrescentou a ministra da Saúde, vincando que "o objectivo é reduzir a transmissão da infeção e mitigar os efeitos da covid-19".
A diretora-geral de Saúde, Graça Freitas, voltou a explicar que "o pico da pandemia não será um dia único, mas sim um planalto com casos relativamente semelhantes durante vários dias", mas rejeitou revelar ao pormenor as projecções, argumentando: "São projeções para efeitos de planeamento, não nos parece que seja útil, não por uma questão de falta de transparência, mas porque causaria expectativas sobre se lá chegamos ou não, e são apenas instrumentos de trabalho".
A diretora-geral de Saúde disse ainda, quando questionada sobre as últimas estimativas relativamente aos números do pico, anteriormente colocados nos 21 mil, que é provável que o número semanal de casos seja maior. "Provavelmente o número de casos em cada semana será superior ao que foi inicialmente calculado, mas superior de uma forma controlada porque temos tido medidas de contenção", disse Graça Freitas.
"Temos de estar preparados para ter um número superior de casos, sendo que isso vai sempre depender do que conseguirmos baixar a pressão do vírus e do que o vírus vá contrariar, tentando infetar mais pessoas", explicou a diretora-geral de Saúde.
O número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus em Portugal aumentou este sábado para 5.170 (um crescimento de 21%). De acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), o País regista 100 vítimas mortais – mais 24 óbitos em 24 horas. A taxa de letalidade é de 1,9%.

Fonte: "Sábado"

Foto D.R.