Os empresários tremeram quando esta tarde o Governo anunciou a hipótese de obrigatoriedade de testar todos os espectadores em espectáculos culturais, a custo do promotor, face à subida de casos de covid-19 nas últimas semanas. A IGAC ainda não tem conhecimento da medida - que entraria em vigor a partir da próxima segunda-feira, dia 14. A Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos também não. É tudo ainda uma incerteza. E a DGS ainda não tem certezas... A situação está confusa.
Se for decretada a obrigatoriedade de testar todos os espectadores nos espectáculos culturais, com testes pagos pelos empresários, isso pode mesmo pôr em risco a continuidade da temporada, dizem os promotores das corridas. Mas há quem diga que essa obrigatoriedade, ainda não definida oficialmente, ocorreria apenas em espectáculos com mais de 4 mil espectadores - o que, com a utilização permitida de 50% da lotação das nossas praças, praticamente não se verifica em nenhuma, à excepção de Santarém, a maior praça de toiros nacional, onde ficaram já adiadas as duas corridas que estavam programadas para amanhã e para sábado.
Tanto a empresa Ovação e Palmas, de Luis Miguel Pombeiro, que esta sexta-feira promove na praça de toiros de Arruda dos Vinhos um concerto do fadista António Pinto Basto e no domingo, dia 13, uma corrida de toiros; como a empresa Toiros & Tauromaquia, de Margarida e António José Cardoso, que no domingo promove uma corrida de toiros na praça de Reguengos de Monsaraz, asseguram que os seus espectáculos se vão realizar com o cumprimento integral de todas as normas anti-covid que estão actualmente em vigor.
Foto D.R.