O Movimento dos Cavaleiros volta hoje a reunir na Atalaia no Picadeiro Quinta da Horta. Um encontro decisivo, mais alargado e no qual se pretendem traçar os novos rumos para a retoma da actividade
Enquanto o Governo e a Direcção-Geral de Saúde não "abrem a porta" e não anunciam oficialmente o regresso das corridas de toiros - que pode ocorrer já no mês de Junho, ainda com medidas restritivas - o Movimento dos Cavaleiros (assim denominado por ter sido inicialmente composto por um grupo de cavaleiros tauromáquicos, mas que pretende representar todos os intervenientes do espectáculo) volta hoje a reunir à tarde no Picadeiro Quinta da Horta, na Atalaia - um encontro que pretende ser decisivo no que respeita a uma alteração radical na forma de promover, defender e divulgar a tauromaquia a partir de agora.
O grupo, que na reunião anterior esteve integrado por cerca de vinte cavaleiros e três bandarilheiros, vai estar hoje alargado e é provável que já marquem presença matadores de toiros.
Recorde-se que, como aqui referimos, esta segunda reunião esteve agendada para a semana anterior, mas foi adiada para hoje por questões de segurança no que respeita à prevenção do contágio da Covid-19. Os toureiros submeteram-se todos ao teste, que a todos deu negativo, por forma a assegurar as máximas condições de segurança exigidas pelas autoridades sanitárias nos seus encontros.
Segundo o site touroeouro.com, os toureiros vão hoje apresentar ao presidente da Associação Nacional de Toureiros, Nuno Pardal, as suas reivindicações que passam por alterações no funcionamento da própria associação (pode haver a exigência de uma Assembleia-Geral para alteração dos estatutos), não estando afastada a hipótese de, uma vez mais, voltarem a exigir a demissão do presidente do antigo Sindicato dos Toureiros.
Segundo o mesmo site, os toureiros vão também propor alterações na forma de trabalho da Federação PróToiro, que entendem não estar a ter um papel activo e preponderante na defesa dos ideais da arte tauromáquico neste tempo difícil da pandemia que obrigou à paragem da actividade do sector.
Rui Fernandes, líder do movimento que pretende dar um novo fulgor e uma maior importância ao sector tauromáquico, confirmou ao "Farpas" que "hoje vamos tomar decisões importantes quanto ao futuro da Festa".
"Tudo é claro e transparente e as ideias que vamos pôs sobre a mesa são importantes para o bem de todos nós. E porque queremos daqui para a frente ter toda a abertura e trabalhar em conjunto com todos, para evitar depois especulações, quando a reunião terminar algum de nós informará os jornalistas de tudo o que se passou", informa o cavaleiro, que não exclui a hipótese de em próximas reuniões marcarem também presenças representantes da imprensa taurina.
Fotos las-ventas.com e M. Alvarenga