O juiz de turno do Juízo de Intrução nº 16 de Madrid decretou ontem como medida de caução ao novilheiro Manuel Ocaña "El Sombrerero" a proibição de acercar-se da sede da ANOET (Associação Nacional de Organizadores de Espectáculos Taurinos) num raio de 500 metros, depois de aquele toureiro ter destruído parcialmente, na tarde de anteontem, o recheio do escritório daquela associação, em protesto pelo facto de não lhe terem visado o contrato que lhe permitiria tourear na Monumental de Madrid a 22 deste mês.
"El Sombrerero" foi vetado pela ANOET e impedido de se exibir em Las Ventas, por não ter apresentado contas do ano de 2007 e existir a suspeita de que pagara honorários abaixo da tabela a alguns dos bandarilheiros da sua equipa.
Na manhã de ontem, o novilheiro liquidou a sua dívida junto das Finanças e o seu apoderado, Manolo Hurtado, afirmou que "se alguém podia exigir a apresentação de contas era a Hacienda (Finanças) ou o Tribunal, nunca a associação dos empresários".
Ante o juiz, Manuel Ocaña reconheceu ter invadido a sede da ANOET munido de uma barra de ferro e ter destruído o mobiliário de escritório, incluindo computadores e material tecnológico. O Tribunal vai agora avaliar os estragos, por forma a decidir, na presença das duas partes, o valor da nova dívida do toureiro. Desta vez, e sem dúvidas, à própria ANOET.
Foto D.R.
