Paulo Caetano recorda hoje num texto carregado de saudade e sentimento, dado à estampa na rede social Facebook e que aqui transcrevemos com a devida vénia, aquele que foi um dos grandes pilares dos inícios da sua carreira, o Maestro António Badajoz, que ontem morreu aos 93 anos
Partiu no Natal, sem lances de alinho, rematando a tanda com uma meia verónica bela como a sua toreria, profunda como a sua maneira de ser, larga como o seu caminho, redonda como as voltas da vida. A data de postin, foi um presente de Deus, num dia que lhe trazia uma doce emoção pela Fé que nunca abandonou e que, ao mesmo tempo, fazia doer aquela ferida que não podia sarar a não ser pelo reencontro.
Foi na véspera de Natal que deixou uma incomparável carreira como Toureiro, como Artista, como Taurino. Não fazia concessões á presunção nem á ignorância, porque o seu conhecimento vinha do saber fazer e o brilho com que toureava vinha do nascer do sol no campo.
O Toureio perdeu um dos Grandes, queira Deus que o seu exemplo permita que a essência desta arte não parta com ele.
Paulo Caetano
Foto Luis Azevedo/Estúdio Z
