Máscara e luvas. A nossa figura hoje em dia... |
Avenida da República: ainda não como nos dias normais, mas quase |
O chão está inundado destas partículas. Será o vírus? Pelo sim, pelo não, todo o cuidado é pouco... |
O povo continua a sair à rua |
O concurso do Campo Pequeno voltou a ser adiado para as calendas gregas e cada vez se acredita menos que este ano haja touradas na nossa Catedral. Lisboa continua não-confinada e vê-se mais gente pelas ruas...
Miguel Alvarenga - A data limite para a entrega de propostas ao concurso do Campo Pequeno voltou ontem a ser adiada para cinco dias úteis após terminar o Estado de Calamidade, que ao contrário do de Emergência, não tem um prazo definido, não é por períodos de quinze dias - é até as autoridades considerarem que pode terminar, não se sabe quando.
Por isso, torna-se cara vez menos credível a realização de touradas ainda este ano na Catedral do Toureio a Cavalo. Talvez lá mais para o Inverno, se a pandemia abrandar e estiverem reunidas as condições para que tudo decorra outra vez em segurança.
Por agora, a praça continua fechada. Tem um Hospital de Campanha instalado na arena, mas felizmente ainda não foi necessário utilizá-lo. Não pode dar concertos nem touradas.
Afastada que está a hipótese de se realizarem touradas desprovidas de assistência, à porta fechada, espera-se agora pela abertura dos recintos ao regresso dos espectáculos de massas, mas ainda certamente com muitas restrições e lotações limitadas. O site mundotoro.com debruça-se hoje precisamente sobre esse tema na vizinha Espanha, onde praças como a Monumental de Madrid, com 22 mil lugares, passarão a dar corridas com apenas 2.000 espectadores. Em Portugal haverá praças onde, segundo impressões que troquei com alguns empresários, só poderiam vender cerca de 200 bilhetes - o que torna inviável levar a efeito corridas.
A opinião do meu amigo Luis Miguel Pombeiro, expressa há poucos dias numa entrevista ao site toureio.pt. continua a ser a mais lúcida e a mais realista de todas: "ninguém morrerá se estivermos um ano parados". Mais vale prevenir que remediar e só regressar em força quando estiverem reunidas as condições para que tudo decorra como era antigamente. Para isso vai ser precisa a vacina e o tratamento da Covid-19. Antes de isso se verificar, vejo as coisas muito negras para voltarmos às praças.
Hoje dei uma volta pequena, foi só mesmo comprar os jornais na tabacaria do Centro Comercial do Campo Pequeno. Agora não se pode entrar em lado nenhum sem máscara - e acho muito bem. Até Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República, segunda personalidade do Estado, que nas comemorações do 25 de Abril recusou o uso de máscaras no Parlamento, decretou agora que os deputados, funcionários e visitantes da casa dos Pais da Pátria têm que andar mascarados.
Vê-se mais gente e mais carros nas ruas. O que começa a ser assustador... Enfim.
Fiquem bem.
Fotos M. Alvarenga