sexta-feira, 1 de maio de 2020

Lisboa fantasma no 1º de Maio

Repórter na rua num 1º de Maio diferente
Avenida Almirante Reis, há momentos
Praça de Londres, o emblemático edifício com a marca do
arquitecto Cassiano Branco
Praça de Londres, esta manhã. Em silêncio
Avenida Manuel da Maia (Praça de Londres)
Avenida do México (Instituto Superior Técnico)
Praça de Londres: Igreja de S. João de Deus e o
emblemático "arranha-céus" do Ministério do Trabalho
Porta (fechada) da Igreja de São João de Deus
Um dos quiosques do jardim da Praça de Londres
Bairro social do Arco do Cego
Caixa-Geral de Depósitos, Campo Pequeno
Dois aspectos da Avenida da República há momentos
Alif, o hotel dos toureiros. Fechado
Avenida João XII junto ao Campo Pequeno
Avenida Óscar Monteiro Torres
Alguns carros, mas pouco trânsito
Bancos do jardim do Campo Pequeno foram ontem "selados" pela
Polícia. No penúltimo dia do Estado de Emergência. Mesmo a tempo...


1º de Maio e Lisboa deserta. Primeiro dia de mais um fim-de-semana prolongado com proibição de circular entre concelhos, mas mesmo assim parece que as pessoas se ausentaram da capital. Hoje é o último dia do Estado de Emergência, que termina amanhã. Vem aí agora o chamado Estado de Calamidade. Credo!

Miguel Alvarenga - Voltinha habitual, esta manhã, por alguns dos locais que já percorri nas últimas semanas. Hoje a pé, sem a Yellow Vespa - andar a pé faz bem. À cabeça, sobretudo, depois de tantos dias de "prisão domiciliária" - que amanhã termina. Não sei de devia terminar, se esta "abertura" não vai dar origem a um caos ainda maior, a um maior contágio e de repente tudo pode voltar atrás... Vai depender muito da consciência de todos nós.
1º de Maio muito diferente de todos os outros. Um bonito dia de sol - mas uma Lisboa deserta e quase fantasma. Que foi feito da vida? Quando nos voltamos a encontrar todos? Em que dia, a que hora? Vou lá ter, mas não sei quando é...
Deixa de haver Estado de Emergência e agora chama-se Estado de Calamidade. Se formos ao dicionário, uma situação de calamidade é bem mais grave e mais desastrosa do que uma situação de emergência, mas enfim, isso são termos técnicos, mais políticos do que realistas. A política, quase sempre, tem pouco a ver com a realidade...
Enfim. Hoje andei pela Avenida Almirante Reis, pela Praça de Londres, pelo Bairro do Arco do Cego e aqui pela "nossa casa", o Campo Pequeno - que nem funciona como hospital, nem como praça de toiros, nem como casa de espectáculos musicais. Parece um recinto abandonado.
Ah, esquecia-me disto. Os bancos do jardim do Campo Pequeno - só os do jardim que fica à direita da praça - foram ontem finalmente interditados pela Polícia Municipal. Tinham-se esquecido disso. Mesmo a tempo... no penúltimo dia do Estado de Emergência. Os do jardim do lado esquerdo continuam à balda...
Fiquem bem. Bom 1º de Maio - a quem o festeja. Eu não.

Fotos M. Alvarenga