A discussão está ao rubro num grupo virtual (privado) de empresários tauromáquicos. Em causa, a intenção de associações do sector de virem a realizar touradas à porta fechada, sem público. Luis Miguel Pombeiro, gestor de cinco praças nacionais, manifesta-se contra
As associações tauromáquicas nacionais estão a negociar a realização de touradas sem público, que seriam transmitidas por canais nas redes sociais (pagos por quem quisesse assistir) e o assunto já está a dividir sobretudo a classe empresarial.
Em Espanha já se falou também dessa possibilidade, mas o emblemático matador de toiros Morante de la Puebla agitou as hostes quando disse que "corridas de toiros sem público é um sacrilégio".
Luis Miguel Pombeiro (na foto ao lado, precisamente com o toureiro Morante de la Puebla, há dois anos, à porta do Campo Pequeno), gestor das praças de toiros do Cartaxo, de Estremoz, de Idanha-a-Nova, da Azambuja e da Arruda dos Vinhos, afirma ao "Farpas" que "não está de acordo".
"Fala-se disso, mas a realidade é que as associações representativas da classe ainda não nos comunicaram nada. Questionei o presidente da Associação de Empresários, Paulo Pessoa de Carvalho, através de um email que enviei à APET e a resposta que tive foi a de que terei uma resposta ao meu email na próxima segunda-feira. A APET precisa de três dias para responder...".
E acrescenta:
"Considero que se deveria esperar pela normalização total da situação e depois, sim, começar em força a reorganizar a Festa e a dar corridas. Touradas sem público não faz sentido nenhum, é uma coisa completamente contra-natura".
Fotos M. Alvarenga