Miguel Alvarenga - Era giro e era bonito o Natal com os meus Avós, os meus Pais, a Família toda junta. Depois uns foram partindo e o Natal deixou de ter graça, passei a olhá-lo como um ciclo de hipocrisia (todos ficam muito amiguinhos e depois de tudo passado voltam depressa à estupidez e à maldade) e de obrigações idiotas (de estoirar dinheiro em prendas).
O Natal voltou a ter graça quando os meus filhos nasceram e ainda acreditavam no Pai Natal de barbas brancas, algumas vezes interpretado por meu Pai junto deles. Depois eles cresceram e o Natal voltou a ser uma parvoíce.
Odeio andar por Lisboa nesta altura do ano. Mesmo de Vespa, é um caos com este trânsito louco. Centros comerciais nem vê-los. Credo, cruzes, canhoto! Coisa horrível.
Depois nasceu o Santiago e agora o Natal, nos momentos em que estamos juntos, voltou a ter o significado de antigamente. Mas só mesmo nesses momentos.
Odeio mesmo esta parvoíce do Natalzinho.
Mesmo assim, mal ficaria se não viesse aqui hoje desejar a todos os que nos lêem, os que aqui escrevem e fotografam, a todos os nossos anunciantes e apoiantes, a todos os amigos, a todos os que lêem o "Farpas" e fingem que não o fazem, a todos sem excepção, um Santo Natal. Para Vós e Vossas Famílias.
Regressamos no dia 27!
Fotos D.R.