António José Baptista, cabo-fundador do actual Grupo de Forcados Amadores de Portalegre, acompanha desde esta manhã a tragédia que os forcados alentejanos estão a viver.
Contactado há momentos pelo "Farpas", confirmou o trágico diagnóstico traçado pelos médicos na cidade alentejana e agora confirmado pela equipa que neste momento assiste o forcado Francisco Matias em Lisboa, no Hospital de São José: "as hipóteses de o salvar são nenhumas".
O malogrado forcado dos Amadores de Portalegre está morto cerebralmente e se ainda "vive" é apenas por estar ligado ao ventilador - um caso semelhante ao da jovem italiana a quem foi há duas semanas desligada a máquina, depois de ter estado vinte anos a viver artificialmente.
"O Francisco tem o cérebro todo destruído e as hipóteses de o salvar são de 1 por cento", disse, emocionado, ao nosso jornal, o homem que fundou este Grupo de Forcados de Portalegre e a quem Fernando Coelho sucedeu na chefia.
O diagnóstico fatal, assumido pelos médicos do Hospital de Portalegre que ao final da manhã de hoje assistiram Francisco Matias, foi também confirmado a António José Baptista pelo conceituado médico D. Gomes Esteves (desde sempre ligado por fortes laços de amizade ao Grupo de Portalegre) e pelo Dr. Arménio, que também observou o doente esta manhã e que os aficionados conhecem por ser há muitos anos o clínico de serviço mais antigo na praça de toiros da Nazaré.
"As esperanças são nenhumas", lamenta António José Baptista.
Foto M. Alvarenga
