Como se já houvesse poucas, lá acaba de estalar mais uma polémicazinha... que não é mais do que nova prova de que, afinal, os verdadeiros "anti-taurinos" e aqueles que mais vão "enterrando" a Festa são os seus próprios agentes e não aqueles que batem panelas à porta do Campo Pequeno...
A nova contenda envolve a empresa "Toiros +" de Lúcia Loureiro e Henrique Gil (foto de cima), o ganadeiro Joaquim Grave (foto ao lado), a praça de Portalegre (e também a de Almeirim), a ganadaria Guardiola e até, indirectamente, Diego Ventura... Uma salganhada das antigas...
A "Toiros +" anunciou para 1 de Junho em Portalegre uma corrida de toiros da ganadaria Murteira Grave, fazendo do atractivo desses toiros a base da promoção da mesma.
Há dias, soube-se que a empresa "Campo e Praça" promovia no mesmo dia e à mesma hora uma outra corrida em Almeirim com Diego Ventura e... também com toiros de Murteira Grave.
Henrique Gil e Lúcia Loureiro foram "aos arames", acusaram a ganadaria Grave de uma conduta a que está subjacente "o lucro fácil e imediato" e o seu representante e proprietário, Dr. Joaquim Grave, de "postura dúbia" ao "consentir que no dia 1 de Junho se lidem dois curros" em duas praças diferentes.
Face a isso, a empresa "Toiros +" substituiu os anunciados toiros de Grave em Portalegre por outros da ganadaria espanhola de Guardiola, anunciando que os mesmos terão "4 e 5 anos" e justificando tal medida como um acto "em defesa da Festa e do aficionado que compra o seu ingresso", considerando que "acrescentou este esforço financeiro, mantendo a elevada qualidade dos toiros a lidar, porque Portalegre, capital do Alto Alentejo, merece e os aficionados merecem".
Entretanto, o site "naturales" publicou a carta que o ganadeiro Joaquim Grave endereçou à empresa "Toiros +" e onde considera que promovendo a ganadaria Murteira Grave há mais de um mês na publicidade à corrida de Portalegre, "é a empresa que se tem promovido e não o contrário".
O facto de lidar, no mesmo dia também, um outro curro de toiros em Almeirim é, por Joaquim Grave, considerado um facto "corrente e normal acontecer bo meio ganadero e empresarial". Quando à acusação da empresa de que "o lucro imediato é mais importante que o prestígio da ganadaria", afirma Joaquim Grave que "é outra afirmação sem sentido, uma vez que o facto de lidar duas corridas no mesmo dia não altera em nada o preço dos toiros".
O prestigiado ganadeiro eborense afirma que não se revê "como pessoa e como ganadero" na forma e no conteúdo "das acusações feitas publicamente pela empresa 'Toiros +'", considera-as "uma afronta pessoal" e afirma que não deseja manter qualquer tipo de relação comercial com a empresa.
Fotos Emílio de Jesus e João Dinis/Arquivo