A empresa "Gestoiro" de Paulo e Rodrigo Tendeiro (na foto) vai estar hoje "debaixo de fogo" na assembleia-geral extraordinária da Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos (APET), que se realizará a partir das 17 horas no Salão Nobre da praça de toiros do Campo Pequeno.
Esta segunda reunião magna da classe empresarial taurina ocorre precisamente uma semana depois de outra igualmente realizada na praça do Campo Pequeno e na qual os empresários decidiram por unanimidade "vetar" a Associação Nacional de Grupos de Forcados (ANGF) no que constituiu um acto solidário para com os empresários Tendeiro, vítimas também de um "veto" por parte dos forcados, acusados de terem exigido ao Grupo do Aposento da Chamusca que participasse na venda de bilhetes para uma corrida onde iria pegar.
A reunião de hoje foi extraordinariamente convocada depois da suspeita de que a "Gestoiro" teria apresentado documentos supostamente duvidosos no processo de adjudicação da praça de toiros de Alcácer do Sal (cuja adjudicação lhes foi retirada pela Misericórdia local, proprietária do imóvel), documentos esses que foram também exibidos e entregues à mesa pelos empresários na assembleia-geral da última semana.
Ao que o "Farpas" apurou, os empresários Tendeiro (pai e filho) tentarão hoje provar que a documentação "não é duvidosa" e que as suspeitas da APET serão infundadas.
No entanto e se se confirmarem as suspeitas que originaram a convocação urgente desta segunda reunião, não só a "Gestoiro" pode ser expulsa da Associação de Empresários, como todo o processo pode levar uma inesperada reviravolta, levantando a APET de imediato o "veto" que decretou à ANGF em solidariedade para com a empresa dos Tendeiro. Em causa pode ainda vir a estar o apoderamento do cavaleiro João Moura Caetano, triunfador da última temporada, por Rodrigo Tendeiro.
Das duas, uma (e não existe mesmo terceira hipótese...): ou a "Gestoiro" apresentou mesmo documentos suspeitos e o caso então passa a ter gravíssimos contornos, perdendo os Tendeiro o seu reinado em definitivo e ficando a contas com a Justiça; ou tudo não passa de suspeitas infundadas e, nesse caso, há que reconhecer que existe na realidade um complot contra a empresa, exigindo-se então que sejam encontrados e punidos os culpados.
Como se prevê, promete muita agitação a reunião desta tarde no Campo Pequeno. Aguarde-se...
Fotos D.R. e Emílio de Jesus
