domingo, 26 de abril de 2020

Mais uma volta pelas ruas desta cidade deserta...

Já cá canta uma máscara com o Tintin!
Cais do Sodré sem movimento e sem gente...
A Estação do Cais do Sodré e alguma gente a olhar o rio
O barco para o Montijo (Cais do Sodré)
Cais do Sodré
Cais do Sodré, início da Av. 24 de Julho, lá ao fundo o Mercado da Ribeira
Zona do Cais do Sodré, um deserto
A ver o rio...
O rio, o Cristo Rei e a Ponte Salazar
A Yellow Vespa no Terreiro do Paço
Antigo Ministério da Marinha (Terreiro do Paço)
Cais das Colunas, Terreiro do Paço
Um "arranha-céus marítimo" atracado em Santa Apolónia
Zona de Santa Apolónia e a Estação dos Caminhos de Ferro
Antigo Hospital da Marinha no Campo de Santa Clara
Campo de Santa Clara, a Feira da Ladra
Campo de Santa Clara: o Panteão Nacional (fechado)
Rua da Voz do Operário (Graça)
Antigo Quartel da Graça, largo com bancos "encerrados" e a sede do PCP
Arte na zona da Graça
A "Marisqueira do Lis", outro templo do bom marisco da capital
Largo do Intendente
Avenida Almirante Reis
À porta da Marisqueira "Ramiro", à espera que reabra...
O célebre eléctrico 28 a descer a Avenida Almirante Reis (em baixo) e, nas
fotos de cima, a Marisqueira "Ramiro", o templo sagrado do bom marisco


Primeira novidade do dia: já tenho uma máscara do Tintin... e agora é que não há vírus que cá entre! Lisboa continua às moscas. E a Cervejaria "Ramiro" continua fechada, para mal dos nossos pecados...

Miguel Alvarenga - Já passou finalmente o 25 de Abril, sinto aquela sensação de alívio igual à do dia 26 de Dezembro, quando já não se fala mais de Natal. Depois vem a passagem de ano, que para mim é sempre coisa mais pacífica que a estupidez do consumismo natalício. E agora vem o 1º de Maio, que promete ser mais um alvoroço com comunistas nas ruas e essas coisas do costume...
A grande novidade do dia é que já tenho, finalmente, uma máscara com o Tintin e agora é que já não há mesmo maneira de o vírus chinês aqui entrar. O próprio Tintin andou pela China no "Loto Azul" e veio de lá completamente imune, sem doenças...
Hoje desci até ao Cais do Sodré na Yellow Vespa - em tempos de quarentena está fartinha de dar às rodas... -, fui até Santa Apolónia - onde está um navio de cruzeiro brutal e admira-me imenso que continuem a fazer-se cruzeiros em plena crise da pandemia... -, subi ao Campo de Santa Clara (Feira da Ladra, agora inexistente...), vi o Panteão fechado, rumei à Graça e depois desci à Avenida Almirante Reis e fui matar saudades olhando as cervejarias "Marisqueira do Lis" e "Ramiro", a sonhar com o dia em que ali poderemos de novo ir "mariscar", mas só quando as coisas estiverem mesmo normalizadas, que isto de ir agora (quando abrirem) aos restaurantes e ter que tirar a febre antes de entrar, ficar confinado numa mesinha longe de tudo e de todos, são coisas que não são para mim. Nem que tenha que esperar um ano, mas só volto quando tudo for normal, igual ao que era dantes, se alguma vez voltar a ser igual...
Lisboa continua um deserto triste. Ficam as fotos. Mais logo volto ao Chiado e aos locais da nossa Lisboa antiga. Vamos ver como estão.
Bom domingo, fiquem bem.

Fotos M. Alvarenga