sábado, 25 de abril de 2020

Tranquila a "nossa casa", apesar de três "artistas" a cantar a "Grândola"...

Por detrás destas grades da entrada principal do Campo Pequeno já está
montado um Hospital de Campanha
Por aqui, pouca gente
Fechados e sem vida os bares da "Carnalentejana" e do "Volapié", dois dos nossos
habituais santuários das noite de quinta-feira
O Mercado Biológico a funcionar em pleno. E, em baixo, três "artistas" que aqui
apareceram há momentos a cantar a "Grândola", coitados...


Tudo calmo pela "nossa casa", onde já está montado um Hospital da Campanha que ainda não se nota. A funcionar em pleno o habitual Mercado Biológico dos sábados. E três comunistas na rua a cantar a "Grândola"...

Miguel Alvarenga - Aqui pela zona do Campo Pequeno a vida continua calma neste sábado abrilino, mas mais agitada que nos primeiros tempos da quarentana. Há, como em toda a cidade, mais gente nas ruas. Mas neste momento não muita, mesmo assim. Está desde manhã a funcionar, como esteve sempre no Estado de Emergência, o Mercado Biológico de todos os sábados. Mais vendedores hoje e mais compradores também.
A "nossa casa" já tem a arena transformada em Hospital de Campanha, da Cruz de Malta, para apoiar o Curry Cabral, mas as portas da praça continuam fechadas e não se nota minimamente nada. Pode ser que nem venha a ser utilizado e oxalá que isso aconteça. Por um lado era bom sinal porque não se tinham detectado muito mais infectados, mas sobretudo porque, a haver corridas este ano em Lisboa (não deverá haver, mas...) mais complicado seria para os aficionados predisporem-se a ir a um recinto onde tinham estado doentes vítimas da Covid-19.
Há momentos, três “saltimbancos” (antigamente havia uns que davam cambalhotas e deitavam fogo pela boca…) apareceram aqui na Rua Chaby Pinheiro (Campo Pequeno) com um magafone a cantar a “Grândola”. Duas ou três pessoas à janela a dançar ao som da música. Já lhes dei um berro, mas não se calaram. Ia pôr azeite a ferver num panelão, mas graças a Deus foram pregar para outra freguesia…
Fiquem bem.

Fotos M. Alvarenga