Miguel Alvarenga - Tenho pouquíssima paciência para ver televisão, quanto mais programas em canais na internet, a minha praia é outra.
Mas liguei agora ao Facebook da "Tauronews" com alguma curiosidade de ver quem era o autor da "Passarinha Rapada" - que admiro, e já o disse variadas vezes, pela acutilância, pelo sentido de humor, pela forma como critica, inteligentemente, sem ofender. Fui várias vezes lá visado e achei imensa graça. Sempre.
Mas já desliguei. Pensei que viesse finalmente dar a cara, era tempo de o fazer - e só lhe ficava bem.
Apareceu encapuzado, mascarado, na entrevista - sem dar a cara. E isso diminuiu-o. Foi pena. Faltou-lhe coragem.
Eu dei o peito às balas nos tempos difíceis - dificílimos - do PREC, fui ameaçado de morte pelas FP-25 de Abril, eu e a minha directora de "o Diabo", Vera Lagoa - e esses não brincavam em serviço; quando fiz as "Farpas" no semanário "O Crime" e ninguém sabia quem eu era, dei a cara e disse que era eu. Não tenho medo. Nunca tive medo de ser quem sou.
Por isso fiquei desiludido com o anonimato do meu admirado "passarinho". Lamento. Há que ter tomates, rapaz! Assim, não. Nunca gostei de gajos medricas.
Fotos D.R.
