Hoje entrei assim num Banco da Av. de Roma. Noutros tempos, acho que teriam chamado logo a Polícia... |
Bairro de Telheiras, esta manhã |
A discoteca "Primorosa de Alvalade", na Av. EUA |
Avenida de Roma, esta manhã |
Na Avenida de Roma já começaram a abrir alguns estabelecimentos |
Campo Pequeno e Avenida da República: mais gente e mais carros |
Já anda gente a mais nas ruas, como se isto já estive tudo controlado. Ou me engano muito ou agora é que a confusão vai começar. Não dou mais de quinze dias para que estejamos outra vez fechadinhos (confinados, como agora se diz) em casa...
Miguel Alvarenga - Já abriram lojas de bairro e já se vê imensa gente nas ruas. Dá a ideia que pensam que está já tudo controlado e que voltámos finalmente à vida normal. O "Correio da Manhã" alerta hoje na sua manchete para a impossibilidade de "controlar máscaras e lotação" e afirma que a segurança está "em risco" no Metro e nos comboios. Vai tudo depender da consciência de cada um, mas como, por norma, somos bem mais inconscientes que conscientes, não dou mais de quinze dias para que estejamos outra vez todos fechados em casa...
Apesar desta aparente "normalização", a vida continua estranha. Esta manhã entrei mascarado numa dependência bancária da Avenida de Roma e imaginei o que aconteceria, em tempo normal, se assim tivesse aparecido dentro do Banco. No mínimo, os empregados bancários teriam de imediato chamado a Polícia...
Taurinamente, continuamos todos à espera de dias melhores. O meu amigo Luis Miguel Pombeiro disse numa entrevista ao site toureio.pt que "ninguém morreria se estivessemos parados um ano" - e com isso disse tudo. E disse o que muitos pensam, mas ainda ninguém tivera a coragem de dizer.
As touradas vão voltar - obviamente que sim. Mas que voltem em força e que o regresso seja uma apotesose. E não uma farsa. Como alguns, mais precipitados - e mais ansiosos - propunham com essa coisa contra-natura de organizar touradas sem público.
A Associação Nacional de Toureiros estava a prepará-las e isso foi motivo mais que suficiente para que as opiniões de dividissem. E se arranjasse, assim de repente, uma notícia e um caso num tempo em que não há notícias e muito menos casos. Mas tão depressa o anunciou, como mais depressa recuou. Já não vai haver touradas sem público. Pelo menos as que eles queriam fazer... A ver vamos se as primeiras que se realizarem, ainda sem vacina, sem tratamento para a Covid-19 e sem poder de compra por parte dos aficionados, depois deste descalabro económco que a todos afectou, e com lotações limitadas, a ver vamos, dizia, terão público... ou não. Ou se serão verdadeiramente, como alguns queriam, touradas sem público, ainda que já não à porta fechada.
Enfim, vamos esperar pelo regresso dos espectáculos de massas. Vamos esperar, sobretudo, por aquilo que acontecerá na "nossa casa", o Campo Pequeno. Se Álvaro Covões mantém o concurso, mesmo que a adjudicação das datas seja adiado para o próximo ano; ou se o suspende até que venham melhores dias.
Para já, a arena do Campo Pequeno está transformada em Hospital de Camapanha, que graças a Deus, ainda não teve utilização. Mas está pronto a tê-la, se se verificar - como é de prever - um aumento de infectados, agora que muitos já estão a sair à rua.
A pandemia ainda não acabou e está mesmo longo de acabar - é disso que precisamos de nos convencer.
Acautelem-se, não "abram" demais. Fiquem bem.
Fotos M. Alvarenga