segunda-feira, 22 de junho de 2020

Ricardo Levesinho sobre as orientações da DGS/IGAC: "Representam um bloqueio total à tauromaquia!"


Com as limitações hoje impostas nas orientações da DGS e da IGAC, os empresários podem recuar e não realizar corridas este ano, se a obrigatoriedade de ficar uma fila desocupada não for corrigida. Ricardo Levesinho considera tratar-se de "um bloqueio total à tauromaquia"

Ricardo Levesinho, um dos principais empresários tauromáquicos do país, gestor das praças de toiros de Vila Franca de Xira, Moita, Figueira da Foz e Chamusca e ainda organizador de uma corrida em São Cristóvão e outra no Redondo (em parceria com a empresa local), considera que as orientações hoje divulgadas pela DGS e pela IGAC para a reabertura das praças no âmbito da pandemia da Covid-19 representam "um bloqueio total à tauromaquia".
O empresário reconhece a necessidade de "limitações impostas a favor da saúde pública", mas considera que, com estas medidas e a obrigatoriedade de uma fila desocupada entre espectadores na bancada, "é impossível realizar corridas de toiros pagando e honrando os valores correctos e minimamente aceitáveis aos toureiros e ganadeiros e suportando todos os custos inerentes à produção de um espectáculo deste calibre".
Ricardo Levesinho afirma que, "feitas as contas, as lotações das praças não podem ter uma ocupação superior aos 30%, aproximadamente" e refere que "outro ponto que não ajuda em nada passa pela alteração do Iva para 23%, que limita ainda mais as receitas líquidas e afunda completamente as expectativas de quem quer produzir".
O conhecido empresário recorda que iria realizar no próximo dia 5 de Julho em Vila Franca de Xira uma corrida com o título "Tauromaquia é Cultura!" com os cavaleiros António Ribeiro Telles e João Ribeiro Telles e o matador de toiros francês Sebastián Castella e afirma que "um espectáculo desta categoria seria um raio de sol para todos nós, mas assim torna-se impossível realizá-lo".

Foto Emílio de Jesus/Arquivo