A praça do Campo Pequeno registou ontem uma magnífica e significativa enchente na última corrida da temporada lisboeta, que foi transmitida em directo pela RTP e se iniciou com o cortejo de gala à antiga portuguesa evocativo das Touradas Reais do Século XVIII.
Artisticamente, a noite ficou marcada por dois apoteóticos triunfos do veterano Maestro Joaquim Bastinhas (na foto, dando a volta à arena com o ganadero Mário Vinhas, que foi alvo de uma homenagem por parte da empresa e premiado com volta à arena no segundo toiro) e do jovem Miguel Moura; e ainda por duas grandes actuações de Gilberto Filipe e de Tomás Pinto, que confirmou a sua alternativa e ontem abriu praça, lidando o primeiro toiro. Menos sorte tiveram António Telles e Vitor Ribeiro, não propriamente por sua culpa, mas dos toiros que lhes tocaram, desta vez não em sorte, mas sim em azar.
Nas pegas, o Grupo de Montemor venceu claramente o sempre apreciado "derby" com o de Santarém. Três pegas enormes por intermédio do cabo António Vacas de de Carvalho, de João Braga e de Filipe Mendes, as três à primeira tentativa e a fechar em Lisboa com chave de ouro as comemorações do 75º aniversário de tão histórico grupo, homenageado ao intervalo pela empresa do Campo Pequeno com o descerramento de uma placa no átrio principal da praça.
Em noite menos feliz, mas sem por isso perder o seu estatuto de grande grupo de forcados, os Amadores de Santarém foram autores de três pegas da autoria de António Grave de Jesus (à primeira), Lourenço Ribeiro (à quarta) e Ruben Giovetti (à terceira).
Ao longo do dia, não perca aqui a análise detalhada de Miguel Alvarenga e a grande fotoreportagem de Emílio de Jesus.
Fotos Emílio de Jesus/fotojornalistaemilio@gmail.com