A corrida que hoje se deveria realizar na Real Maestranza de Sevilha naquela que é a data mais significativa do calendário taurino espanhol, o Domingo de Ressurección (Páscoa) tinha cartel formado pelos matadores Morante de la Puebla, Alejandro Talavante (que ontem deveria ter reaparecido em Arles) e Andrés Roca Rey. Os toiros eram de Garcigrande.
Cumprem-se 20 anos sobre a última tarde em que Curro Romero deixou a sua arte na mítica arena da Real Maestranza num Domingo de Páscoa - que nesse anos de 2000 foi a 23 de Abril.
O Faraó de Camas deu nessa tarde, recorda a imprensa espanhola, os últimos cinquenta e três passes e meio em Sevilha.
Foi uma tarde cinzenta e ficaram na lembrança apenas umas cingidas verónicas numa corrida pouco encastada de Pereda. Palmas no primeiro toiro e assobios no segundo foram o balanço da última tarde de Curro Romero na Real Maestranza, se bem que o seu toureio nunca se tenha contado por estatísticas, mas sim por emoções.
Acompanharam Curro Romero nessa tarde os matadores Enrique Ponce e Morante de la Puebla (na foto de cima), que deu a única volta ao ruedo.
Curro Romero toureou 23 domingos de Páscoa em Sevilha desde 1981 até ao início do século XXI, só faltou um ano, o da Expo de 1992. Antes, havia protagonizado muitas tardes históricas naquela arena, como a da corrida de Benítez Cubero em 1965, as dos seis toiros em 1966 e 1967 ou as suas grandes faenas em 1971, 1977, 1980 e 1984.
Fotos D.R.
