O Grupo de Forcados Amadores de Évora recusa-se a participar na primeira corrida da época na praça da sua cidade (11 de Abril), por discordar dos critérios assumidos pela empresa "Terra Brava", de Calos Pegado - a quem transmitiu já a sua polémica decisão.
Realizando-se nesse dia à tarde a II Festa do Forcado, em que será disputado por 43 grupos um torneio de pegas de cernelha, a empresa contratou para a corrida dessa noite o grupo de forcados mexicanos de Mazatlán e pôs como segundo grupo o que da parte da tarde conquistar o I Troféu "António José da Veiga Teixeira", atribuído à melhor dupla de cernelheiros.
Em comunicado enviado à Imprensa, o cabo dos Amadores de Évora, avisa que não participará nesse esquema no caso de vencer as cernelhas, por o grupo assim ter decidido por unanimidade.
Patinhas, filho do cabo fundador (João Nunes Patinhas) dos Amadores de Évora, considera que esta forma de incluir um segundo grupo na corrida da noite "vai contra o espírito de amadorismo que caracteriza os grupos de forcados" e diz que "o Grupo de Évora, nos seus 46 anos de história, não pode sujeitar-se a decisões de inclusão nesta ou em qualquer outra corrida com base num desafio de cariz totalmente desportivo".
Caso para dizer que o empresário Pegado inicia a temporada na Arena D'Évora com uma dorzinha de cabeça significativa...
Foto M. Alvarenga