domingo, 1 de agosto de 2010

PJ investiga actividade ilegal da ANGF


Como era previsível, a Associação Nacional de Grupos de Forcados assinou a sua própria sentença de morte ao decidir, quinta-feira passada, vetar o empresário João Duarte - que amanhã mesmo chega a Lisboa para encetar aquela que promete ser a mais dura e decisiva das batalhas contra a prepotência e a ilegalidade que nos últimos seis anos, pelo menos, caracterizou a actividade da ANGF.
Em comunicado emitido ontem - e, curiosamente, ignorado pela esmagadora maioria dos sites taurinos - o empresário alertou todas as empresas para a "ilegalidade dos contratos que assinam com os forcados e onde não é descriminada a sede social da associação nem o seu (inexistente) número fiscal", anunciando que deu já entrada na Direcção-Geral de Combate ao Crime Económico da Polícia Judiciária uma queixa-crime contra os dirigentes da associação. Em causa, entre muitas outras coisas, estão os 5% descontados nos últimos seis anos pelos grupos de forcados para a ANGF, sem recibos nem qualquer outra documentação.
Entretanto, João Duarte promove já na próxima quinta-feira num hotel da capital uma reunião que bem pode ser interpretada como o embrião para o nascimento de uma nova associação de forcados. O empresário conseguiu o apoio dos empresários João Pedro Bolota ("Aplaudir"), Fernando dos Santos e António Manuel Gonçalves e já tem assegurada na reunião a presença de vários - vários, mesmo - cabos de grupos associados, descontentes com a ANGF e que pretendem abandoná-la e integrar a nova, para além, evidentemente, de todos os cabos dos grupos descriminados (anticonstitucionalmente) pela ANGF.
A reunião da próxima quinta-feira em Lisboa - onde estarão presentes advogados e, que apurámos, também dois inspectores da PJ - constitui a primeira pedra (até que enfim!) para o fim do reinado da prepotente, ilegal (íssima) e anticonstitucional associação presidida por Potier.