terça-feira, 19 de outubro de 2010

Maria Ana de Alvarenga em defesa do pai... presidiário!


Miguel Alvarenga - Comoveu-me - como é natural - e não resisto a partilhar convosco, amigos meus, a troca de comentários registada na página do Facebook da revista "Moda & Moda" entre a minha querida filha Maria Ana (na foto com o mano Gui) e a directora da publicação, Marionela de Gusmão, antiga "companheira de armas" de Vera Lagoa e que ali tem desenvolvido notória campanha que se traduz num verdadeiro grito de revolta pela minha prisão aos fins-de-semana. Leiam que vale a pena, sobretudo numa altura em que alguns energúmenos tão prejudiciais à nossa Festa Brava insistem em fazer crer que o mau da fita sou sempre eu (e que orgulho tão grande que continuo a ter nisso!). Aqui vai:

"Bom dia. Quero começar por lhe agradecer o apoio que nesta página manifesta pelo meu pai e o desagrado com esta situação. Aqui diz "Deve ser horrível ter de se despedir dos filhos", é concerteza.
"Para quem o conhece, o meu pai é um homem bastante humorado, e por isso, esta história da prisão é uma coisa que o nosso pai nos conseguiu transmitir com alguma comédia pelo meio, chega todos os fins-de-semana com uma história nova (nós adoramos).
"Contudo, não consigo deixar de manifestar o meu desagrado pela Justiça deste país. Tanto homem perigoso por aí, e por um texto escrito no jornal está preso (que nem foi ele e mais tarde até escreveu um pedido de desculpas no jornal). Oh Justiça, onde é que andas tu?
"Vim aqui com o propósito de lhe agradecer o apoio para com o meu pai, a si e a todos um grande obrigado.
"Os meus cumprimentos,
Maria Ana de Alvarenga

"Minha querida Maria Ana,
"Conheço o seu pai através de uma senhora muito lutadora, de quem era muito amiga e que me falava com frequência do Miguel. Nunca trabalhámos juntos, porque não calhou. Essa senhora tinha um filho mais velho do que eu, mas eu tinha por ela muita estima. Foi essa estima que gerou em mim a revolta de saber que o seu pai estava a ser vítima de uma injustiça.
"Há pessoas que cometem graves crimes e chegam à esquadra, são ouvidos e vão para casa dormir sob o mesmo tecto das suas vítimas. Isso é que é grave.
"Além do mais sou colega e acho que a classe se devia unir. Hoje por ti, amanhã por mim. Essa é a regra da ética jornalística.
"Hei-de conhecê-la e dar um grande beijinho.
"Agora fique lá a saber que também serei sua amiga para o que for preciso.
"Abraços para toda a família
Marionela de Gusmão

Foto D.R.