Foto Emílio/Arquivo "Farpas" |
Da viúva e filhos do saudoso apoderado Mário Freire, recebemos a seguinte carta, subscrita também por Luis Rouxinol e pelo seu novo apoderado Francisco Penedo, a propósito da tomada de posição ontem assumida, também em carta enviada à comunicação social, pelo cunhado do cavaleiro, José Mota:
Caros aficionados,
Foi com grande choque e revolta, que li o
comunicado de José Mota.
Daí que com o intuíto de parar desde já com
uma polémica que não tem razão de ser, além de desrespeitar a memória do meu
pai, venho esclarecer em nome da familia Freire a vontade do meu pai quanto ao
apoderamento do Luis Rouxinol.
Muita gente na festa me conhece e sabe que
nestes últimos meses de vida do meu pai o acompanhei todos os dias e tratei de
todos os assuntos, quer fossem relacionados com a sua saúde, ou com os seus
negócios.
Naturalmente, falou-se diversas vezes do seu
sucessor.
O desejo do meu pai era o de acompanhar ainda
esta temporada o Luis nas corridas que fossem mais perto de casa e o resto dos
assuntos em casa por telefone, e assim ia fazendo a transição do apoderamento
para o Francisco Penedo. Ele queria-o como apoderado e o Mota continuava com as
mesmas funções que antes, de Relações Públicas. Mais do que uma vez comentou
connosco “ o Francisco tem uma maneira de estar e pensar que identifico comigo,
além de ter uma diplomacia que me agrada”. Várias vezes dizia ao Francisco por
graça que “o aluno já sabe mais que o mestre”.
Mais, aquando da homenagem do Maurício do Vale
na Irisfm ao meu pai, telefonei ao Mota a manifestar o meu desagrado por
aproveitar esta homenagem como tempo de antena para se auto-promover e dar como
certa a sua sucessão no apoderamento, não era o momento para isso.
No dia a seguir, após pedir a opinião ao meu
irmão e à minha mãe, falei pessoalmente com o Luís Rouxinol e pedi-lhe em nome
da família Freire que seguisse o último conselho do seu apoderado, os quais
conjuntamente com o seu valor como homem e como toureiro o tinham levado ao
patamar em que estava.
Para mim seria uma maneira de honrar a sua
memória e cumprir a missão que o meu pai me tinha confiado (obviamente que a
decisão final seria sempre a do Luís e nós só tinhamos que a acatar e
respeitar).
Fui eu e o meu irmão quem pediu ao Luís para
assumir o apoderamento o mais rápido possível, fosse ele qual fosse, para
evitar polémicas e para não prejudicar a sua carreira, pois além de toureiro do
meu pai é um amigo da familia.
Por tudo isto, acho vergonhoso toda esta
polémica e o uso abusivo da memória do meu pai por parte de José Mota.
Subscrevo as suas palavras, “a mentira tem
pernas curtas e o maior cego é aquele que não quer ver”.
Margarida Freire
Tito Freire
Miguel Freire
Pelo transcrito anteriormente, Luís Rouxinol e
Francisco Penedo leram e subscrevem o comunicado anterior, com a finalidade de
repor a verdade dos factos, bem como acabar de vez com possíveis especulações.
Luís Rouxinol
Francisco Penedo