Marcelo Mendes deslumbrou tudo e todos com o magnífico cavalo "Único"! |
Um bom ferro de Marcelo Mendes |
Por se tratar da última corrida da temporada, Marcelo Mendes dedicou a lide a todos os membros da sua equipa |
Marcelo Mendes foi a agradável surpresa da parte à portuguesa |
Rouxinol: palavras para quê... se ele não sabe estar nunca mal?... |
Rui Salvador: lide de menos a mais com o toiro mais complicado da corrida |
Miguel Alvarenga - O jovem Marcelo Mendes fechou com chave de ouro a sua primeira temporada como cavaleiro profissional (tomou a alternativa em Maio em Vila Franca) na corrida do Coliseu do Redondo. Com o cavalo "Único" - um verdadeiro craque! - deslumbrou tudo e todos, não apenas nos ferros que cravou em sortes frontais, mas sobretudo nos recortes e na brega. Ficou a esperança para a temporada que vem - depois de Marcelo não ter andado sempre neste plano superior em todas as actuações que rubricou ao longo da época. No Redondo esteve brilhante e pode mesmo dizer-se que, apesar do triunfo de Rouxinol, que não é nunca surpresa para ninguém (triunfa sempre!), o grande destaque da parte à portuguesa desta corrida mista de encerramento da época foi dele.
Luis Rouxinol esteve como está sempre: muito bem! E está tudo dito. É um triunfador nato, um cavaleiro que não sabe o que é fracassar, estar mal, dar petardos. Os cavalos estão um aprumo, apesar de estarmos no final de uma intensa temporada; o cavaleiro continua em crescendo de forma de corrida para corrida; e o público continua com ele. Terminou com o habitual par e ainda com um ferro de palmo.
Rui Salvador abriu praça com o único toiro complicado deste brilhante curro de Falé Filipe. Valeu a raça e o valor do toureiro dos "ferros impossíveis" para fazer face, primeiro às dificuldades demonstradas pelo cavalo de saída, depois às dificuldades impostas pelo toiro. Mas Salvador não é de perder. Lutou, impõs-se e foi de menos a mais. No final, recusou a volta, foi aplaudido no centro da arena.
Dos forcados falarei a seguir. A corrida foi bem dirigida, com a usual competência, pelo director Agostinho Borges, esta temporada o "campeão de direcções": sentou-se 40 vezes na cadeira do "inteligente". E sempre com o aprumo, o saber e a aficion que o caracterizam.
Fotos M. Alvarenga