O inspector-geral da Inpecção-Geral das Actividades Culturais (IGAC), Dr. Luis Silveira Botelho, confirma hoje, em declarações ao site "naturales-tauromaquia", a dispensa da maioria dos antigos directores de corrida, ontem denunciada por Manuel Jacinto (foto da direita) em entrevista ao site "taurodromo", mas atribui-a "à legislação mais recente" que impede a cumulação de remunerações de pensionistas da Segurança Social. Segundo Silveira Botelho, todos os directores de corrida dispensados terão que optar, como ontem referiu Manuel Jacinto, entre a remuneração da pensão (reforma) ou a de delegado técnico.
Manuel Jacinto fora destacado no final da semana passada para dirigir a corrida de toiros do próximo domingo em Alcochete, sendo já esta semana informado pela Drª Rosa Bravo, da IGAC, que estava dispensado, a menos que abdicasse dos honorários de director de corrida...
Entre uma e outra remuneração, a esmagadora maioria dos actuais directores de corrida, ex-toureiros, quase todos reformados, optam certamente por receber a pensão da Segurança Social, de valor superior aos honorários de delegados técnicos - um caso que promete fazer ainda corrida muitíssima tinta.
Sobre a nomeação dos novos dezasseis candidatos a directores de corridas que este domingo iniciarão os seus estágios nos espectáculos de Vila Franca e de Alcochete, Silveira Botelho garante que "não existiram pressões de qualquer natureza" e que "o processo foi absolutamente isento e transparente".
Manuel Jacinto acusou ontem a IGAC de ter escolhido "pessoas alheias à Tauromaquia", mencionando que dos dezasseis novos "inteligentes", só dois antigos forcados tiveram ligações directas à Festa Brava e serão por isso, conhecedores da arte.
Fotos D.R. e Luis Azevedo/Estúdio Z