Miguel Alvarenga lamentou ontem, em directo na Rádio Portalegre, no programa "3 Tércios", o fim anunciado da carreira empresarial de António Manuel Cardoso "Nené", que este ano perdeu todas as praças que geria e está em risco de ficar também sem a de Alcochete, o seu baluarte de mais de trinta anos.
"Trata-se de um empresário veterano, sério e com obra feita e é de lamentar que desapareça assim do mapa", considerou o director do "Farpas", prevendo, contudo, que "Nené" deverá continuar a apoderar o jovem cavaleiro João Maria Branco, praticante triunfador das últimas temporadas, pois, recordou, "noutros tempos havia empresários e apoderados e as duas funções não se confundiam".
"Neste momento - acrescentou - impera a força do toureiro e não a necessidade de ter um apoderado que tenha praças, pelo que acredito que continuarão juntos".
Alvarenga analisou ainda a tomada de mais uma praça, a da Terrugem, pelo novo empresário Henrique Gil, manifestando uma vez mais que "se tem que lhe conceder o benefício da dúvida e aguardar pelo que fará em prol da Festa".
O director do "Farpas" considerou ainda "uma loucura e sem lógica alguma" a atitude da Câmara de Estremoz de "dar de mão beijada" a uma empresa a concessão da futura praça de toiros da cidade "sem ouvir os estremocenses e sobretudo a Tertúlia Tauromáquica local, que tanto se empenhou na reabertura da praça e na promoção da Festa".
Por fim, Miguel Alvarenga anunciou, "sem querer ultrapassar Rui Bento, que certamente em breve o fará em conferência de imprensa", algumas das novidades para a temporada do Campo Pequeno, entre as quais a redução do abono para oito corridas e a provável presença de João Moura Caetano, triunfador da última temporada, na corrida de abertura.
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