sexta-feira, 20 de junho de 2014

O querer e a ambição de Peseiro: "porta gaiola" e "estocada suicida" ontem no Campo Pequeno



Há imagens que valem mais que mil palavras - e estas falam por si. Falam do querer e da ambição de um jovem toureiro português, Diogo Peseiro, cara de menino, coração de Homem grande, ontem na arena do Campo Pequeno.
Depois de ter estado muito bem no seu primeiro toiro, um belo exemplar da triunfadora ganadaria de Murteira Grave, o jovem Peseiro saíu à arena para enfrentar o seu segundo, quinto da noite, quando o espanhol José Garrido deixara bem alta, altíssima, a fasquia na lide do toiro anterior.
Diogo Peseiro atravessou a arena com passos serenos e ajoelhou-se frente à porta dos currais. Para triunfar ou morrer - como os de maior glória. Triunfou. E no final, quando menos se esperava, simulou a morte do toiro com uma bandarilha curta com punho de estoque e sem muleta, atirando-se literalmente para a cara do oponente, estilo "ou mato ou morro". A praça aplaudiu de pé esta forma menos ortodoxa, mas a que ninguém ficou indiferente, de "entrar a matar".
Rui Bento, antigo matador, gestor taurino do Campo Pequeno e mentor, com Américo Manadas - e o sempre lembrado José Luis Gonçalves - de Peseiro, era um homem satisfeito no final do espectáculo (foto ao lado). Com razões para tal.

Fotos Emílio de Jesus/fotojornalistaemilio@gmail.com