 |
| José Agostinho dos Santos (à direita) com seus irmãos, o bandarilheiro Carlos dos Santos e o matador de toiros António dos Santos |
Cumprem-se hoje 11 anos sobre a morte do famoso bandarilheiro, empresário taurino e apoderado José Agostinho dos Santos - uma ilustre figura que recordamos com saudade e a quem prestamos a nossa sentida homenagem.
Natural da Golegã, onde nasceu a 27 de Agosto de 1931, era filho de um grande bandarilheiro, Carlos dos Santos, irmão e primo dos matadores de toiros António e Manuel dos Santos e irmão do também bandarilheiro Carlos dos Santos. Aluno da célebre escola de toureio goleganense de Mestre Patrício Cecílio, apresentou-se pela primeira vez em público em Torres Novas com apenas 10 anos de idade (1942), tirou a prova de praticante em Alcochete no ano de 1950 e tomou a alternativa no Campo Pequeno em 10 de Agosto de 1952, apadrinhado por Agostinho Coelho.
Ao longo de 32 anos de destacado profissionalismo, toureou em quase toda a geografia taurina, tendo actuado em Portugal, Espanha, França, na Rodésia, na Indonésia, nos Estados Unidos da América, no Canadá e nas Filipinas, lidando 1.190 toiros e sofrendo seis cornadas, três das quais da extrema gravidade.
José Agostinho dos Santos despediu-as nas arenas num festival celebrado em 18 de Março de 1979 no Campo Pequeno e em que actuaram os cavaleiros Luis Miguel da Veiga, Frederico Cunha, José João Zoio, Emídio Pinto, Manuel Jorge de Oliveira e o então ainda amador Rui Salvador. Lidaram-se toiros de Ortigão Costa e pegaram os grupos de forcados de Vila Franca, do Montijo e da Chamsca, comandados respectivamente por José Carlos de Matos, Rogério Amaro e António Temótio.
Depois de retirado das arenas, foi colaborador de seu primo Manuel dos Santos durante muitos anos na empresa do Campo Pequeno e acabou também por se tornar, depois da morte deste, empresário taurino, formando a sua empresa e explorando várias praças nacionais. Foi ainda destacado apoderado, entre outros, dos cavaleiros Emídio Pinto e Manuel Jorge de Oliveira, de João Moura e de Marco José.
Foto D.R.
