O conhecido cronista taurino Marco Gomes, também professor (de Matemática) e grande impulsionador do Clube Taurino do Agrupamento de Escolas de Alter do Chão, prestou segunda prova no domingo em Mourão para director de corridas, tendo dirigido a lide de três artistas num espectáculo que tinha como director Agostinho Borges - e ficou aprovado.
Esta segunda prova de Marco Gomes está a criar algum mau estar entre a classe dos directores de corrida, já que anteriormente (há cerca de um ano) o mesmo candidato fora reprovado (como outros o foram) por um júri que era composto por três delegados técnicos (Pedro Reinhardt, Ricardo Pereira e Nuno Nery) e por um inspector da IGAC (Inspecção-Geral das Actividades Culturais), Luis Pereira.
Descontente com o chumbo, Marco Gomes apresentou recurso no Tribunal Administrativo de Castelo Branco, que terá dado provimento ao seu protesto, originando agora este segundo exame - onde o júri não era composto por nenhum director de corrida, mas pelo próprio inspector-geral da IGAC, Silveira Botelho e por mais dois inspectores.
Face a estes novas funções e dada a incompatibilidade das mesmas com as actividades de crítico taurino, Marco Gomes abandona as colaborações que mantinha com o programa "3 Tércios" da Rádio Portalegre e também com o jornal "Olé".
Este novo exame a que foi sujeito abre também um precedente e pode dar origem a outros por parte dos vários candidatos que também foram reprovados na prova anterior, caso, por exemplo, da antiga toureira Erica Rebelo. Além disso, coloca em causa a idoneidade dos jurados anteriores, reconhecidos e competentes directores de corrida, que num primeiro exame haviam reprovado Marco Gomes.
Foto Maria João Mil-Homens