Miguel Alvarenga - Não é porque eu goste, antes pelo contrário, mas é porque é e porque seria, sei lá, politicamente incorrecto não o fazer, fugir para onde ele não houvesse, não ter que comprar nada só por comprar e porque parece mal não comprar e não oferecer, como se para dar prendas houvesse data obrigatória e multa, coima ou o que lhe queiram chamar se não o fizesse, enfim, isto tudo para dizer que vamos parar. Parar para comer, para beber, para correr aos centros comerciais, comprar as últimas coisas, depois são os almoços, os jantares, as reuniões de família e essas, sim, valem a pena, mas podiam acontecer todo o ano, não era preciso serem coisa obrigatória nesta semana, paciência, é assim há tantos anos, não era agora que ia deixar de ser. Além disso, a Ana adora, os meus filhos gostam, a minha Mãe gosta, gostam todos, menos eu, mas eu cedo, participo, faço a vontade. Natal é todos os dias, mas este agora tem mesmo que ser, pronto. E então, paramos, era isso que vinha aqui dizer, paramos e regressamos no dia 26, salvo, evidentemente, se houver qualquer coisa importantíssima de última hora, mas nisto dos toiros há cada vez menos coisas importantes, é cada vez tudo mais do mesmo e, por isso, estava eu a dizer, paramos. Paramos e venho aqui desejar-vos, em meu nome e em nome de todos os que fazemos o "Farpas", um Santo Natal. Feliz, pelo menos. Que seja de união, que tenha saúde, que haja amizade, mas verdadeira, não apenas no dia 24. Um Santo Natal a todos, a todos os que gostam do "Farpas" - e muito obrigado por nos terem ajudado a ultrapassar os 13 milhões de leitores -, aos que dizem que não gostam, mas no fundo gostam, aos nossos anunciantes, aos que tornam possível, porque são os protagonistas da Festa, que o "Farpas" existe e tenha razão de ser. Por mais um ano em que estivemos de mãos dadas - mesmo os que dizem que não estão... - aquele abraço. Por mais um Natal, um abraço ainda maior. Divirtam-se, vivam a Família, dia 26 voltamos a encontrar-nos aqui. Beijos, abraços. Santo Natal.
Foto D.R.