Realizaram-se no ano passado 191 espectáculos tauromáquicos em Portugal, dos quais 125 foram corridas de toiros à portuguesa, 22 festivais, 16 corridas mistas (um número significativamente superior ao de anos anteriores, o que confirma o renascimento do gosto dos aficionados pelo toureio a pé), 13 novilhadas populares, 11 espectáculos de variedades taurinas e 14 novilhadas - revela o relatório anual da Inspecção-Geral das Actividades Culturais (IGAC), agora divulgado em documento que é assinado pelo Inpector-Geral, Dr. Luis Silveira Botelho. Segundo o mesmo documento, 15 espectáculos não se realizaram, estando anunciados, na maioria por mau tempo.
Os 191 espectáculos efectuados na última temporada em Portugal tiveram lugar maioritariamente em praças de toiros fixas (158) e 33 em praças portáteis, tendo sido presenciados por 362.057 espectadores.
A praça do Campo Pequeno registou a maior afluência de público (63.291), seguindo-se as de Albufeira (21.946) e Nazaré (17.226), estas duas geridas pelo antigo matador Fernando dos Santos, que foi também o empresário que mais festejos promoveu, um total de 22.
Seguem-se as empresas Toiros & Tauromaquia de António Manuel Cardoso "Nené" com 17 espectáculos e a Aplaudir de João Pedro Bolota com 16.
Curiosamente, o relatório da IGAC não faz menção aos artistas e ao número de corridas em que participaram, apenas referindo os grupos de forcados, sendo os de Montemor (22 actuações), Ribatejo (19) e Cascais (17) os que mais vezes pegaram.
O Inspector-Geral Silveira Botelho salienta que "apesar de existirem ainda certas dificuldades de adaptação à legislação mais recente, publicada em 2014 e 2015, o balanço de 2016 é genericamente positivo e podemos afirmar que, na generalidade, os diferentes intervenientes no espectáculo souberam adaptar-se com elevação e sentido de responsabilidade ao novo quadro legal".
Face à nova temporada, Silveira Botelho frisa que "é muito importante que em 2017 se mantenha, por parte da generalidade dos intervenientes no espectáculo, um esforço contínuo, acrescido e transversal na observância das normas legais que enquandram o espectáculo tauromáquico, atenta a necessidade de observar escrupulosamente as regras vigentes, pois tal é condição indispensável à dignificação da actividade que desenvolvem nas respectivas áreas de intervenção".
Fotos D.R.