O Maestro Jaime Ostos e o ganadero António Miura |
A presidente da Peña "Las Majas de Goya", o matador Manuel Escribano e o jornalista José Luis Carabias, moderador do colóquio |
Um pormenor da assistência e, em baixo, os participantes no colóquio com as senhoras da Peña "Las Majas de Goya" |
Ricardo Relvas (correspondente em Espanha) - Teve lugar na Monumental de las Ventas, em Madrid, mais uma conferência taurina do ciclo organizado pela Peña "Las Majas de Goya", desta vez tendo como protagonista a célebre ganadaria Miura.
O ganadero António Miura comentou que os seus toiros "jamais se esquecem do que deixam para trás" e lembrou um episódio passado em Sevilha com o matador português Vitor Mendes (um dos toureiros que mais Miuras enfrentou), quando ali sofreu uma gravíssima cornada:
"Depois de uma tremenda voltareta, a muleta caíu na cara do toiro e poderia ter servido para fazer o quite, mas o toiro não perdeu o toureiro e infringiu-lhe uma grande cornada no solo, indo por ele e não pela muleta".
Outro dos intervenientes foi o antigo matador Jaime Ostos, que recordou que "sempre toureei os Miuras com a espada verdadeira de matar, porque quando o toiro me pedia a morte, tens que estar preparado".
Também o actual matador de toiros Manuel Escribano salientou que "o olhar de um Miura descompõe. Podem passar muito bem nas primeiras três séries com a muleta, mas à quarta ficam curtos e dizem-nos que a faena terminou...".
O jornalista José Luis Carabias, moderador do debate, confirnou que os Miuras sempre foram assim, "ou tudo... ou nada".
Fotos Ricardo Relvas