quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Empresário alemão suspeito de prostituição com menores é há vários anos um dos grandes patrocinadores da Associação Animal


O empresário Matthias Schmelz, que fez fortuna com os aspiradores Rainbow, terá sido investigado pela PJ por alegado lenocínio e recurso à prostituição de menores, denunciou ontem a CMTV.
Eram adolescentes de 16 e 17 anos que este homem levaria para orgias diárias na sua casa de luxo, no Monte Estoril, em Cascais - acrescenta-se na notícia divulgada hoje também pelo jornal "Correio da Manhã".
Segundo Paulo Pessoa de Carvalho, presidente da Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos e membro da Federação PróToiro, o alemão "é há longos anos o principal patrocinador da associação anti-taurina Animal".
"Temos que dizer bem alto que este homem é contra as touradas, mas a favor da prostituição com menores", afirma Pessoa de Carvalho.
O inquérito, segundo o "CM", continua aberto mas não há sequer arguidos constituídos, assegura a Procuradoria-Geral da República.
A denúncia contra o alemão de 57 anos, que por esses crimes arriscaria até 8 anos de cadeia, foi feita na sequência de um assalto à sua moradia, em Março passado. Um gang juvenil sequestrou seis pessoas dentro da casa, todos também jovens, numa altura em que o homem não estava lá.
Entre os que foram detidos pela PSP e as vítimas dessa noite, um contou à polícia que Matthias Schmelz pagava até 500 euros a cada adolescente e que as orgias eram combinadas, com recurso a uma angariadora, já maior de idade, através da aplicação de telemóvel Whatsapp.
Em Março de 2008, o jornal "Público" referia que a Associação Animal anunciara que "um empresário alemão", precisamente Mathias Schmelz, "ia propor a transformação da praça de toiros da Póvoa de Varzim num espaço de lazer associado ao consumo de cerveja".
Segundo Paulo Pessoa de Carvalho, a Federação PróToiro está em cima do acontecimento.

Foto "Correio da Manhã"